Ataques são teste para sociedade aberta da Noruega

Da Reuters:


Por Wojciech Moskwa
OSLO (Reuters) - Antes dos ataques mortais de sexta-feira feitos por um norueguês, em uma missão atribuída por si mesmo como para salvar o mundo cristão europeu do Islã, não era raro ver o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, usando transporte público para ir trabalhar e ministros importantes andando em Oslo sem guarda-costas.
Essa abertura pode ter chegado ao fim, depois do ataque devastador de um carro-bomba, com que Anders Behring Breivik atingiu os escritórios do primeiro-ministro, e do assassinato de jovens ativistas do Partido Trabalhista que participavam de uma festa em uma ilha.
Os ataques, em que pelo menos 93 pessoas foram mortas, também vão afetar o debate sobre a imigração na Noruega, mas é pouco provável que feche as janelas de uma das sociedades mais abertas da Europa.
"Teremos uma sociedade baseada em menos confiança e ficaremos um pouco mais ansiosos do que antes," disse Thomas Hylland Eriksen, um antropólogo da Universidade de Oslo.
Stoltenberg disse no domingo que a Noruega vai "seguir em frente", mas que haverá uma ruptura definitiva entre o país de antes e depois dos ataques.
"Mas tenho certeza que você também vai reconhecer a Noruega depois... Será uma Noruega aberta, uma Noruega democrática e uma Noruega onde tomamos conta uns dos outros", disse.
Breivik, que confessou ser o responsável pelos disparos e pelo carro-bomba, disse através do seu advogado que suas ações visavam "mudar a sociedade norueguesa" que ele via que estava sendo minada pelo multiculturalismo.
Analistas dizem que a brutalidade dos ataques esfacelaram a imagem da Noruega como uma nação pacífica, focada em ajudar na mediação ao redor do mundo.   Continuação...

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