A declaração de independência da Europa

Anders Behring Breivik, autor dos atentados na Noruega na sexta-feira não era um simples louco, mas alguém um pensamento de extrema direita e que tinha amplo fundamento político-ideológico para o que fez.

Comecei a ler a coletânea (são três livros) que ele batizou de 2083 - A European Declaration of Independence (2083 - Uma declaração de independência européia), que você pode ler aqui.

Na Introdução, Breivik deixa clara sua agenda política:

A coletânea, - 2083 - Uma declaração de indecência européia - documenta em mais de mil páginas que o medo da Islamização é tudo, menos irracional.

Cobre os seguintes pontos principais:

1. O aumento do marxismo cultural/multiculturalismo na Europa Ocidental;

2. Por que a colonização islâmica e a islamização da Europa Ocidental começou;

3. O estado atual dos Movimentos de Resistência da Europa Ocidental (movimentos anti-marxistas e anti-Jihad);

4. Soluções para a Europa Ocidental e como nós, a resistência, deveremos agir nas próximas décadas;

5. E além de tudo, tópicos altamente relevantes incluindo soluções e estratégias para todas as 8 diferentes frentes políticas.


Lamentavelmente, esse discurso está presente em blogueiros, jornalistas, políticos e certo grupo de intelectuais em Natal e no Brasil. Evidente que tais procuraram apontar motivos que não sejam políticos nem ideológicos como estimulantes para esse ato de terror e loucura. Mas Anders fez algo totalmente compatível com suas crenças políticas e ideológicas. Admitir isso à direita brasileira é admitir a razoabilidade da violência inerente às suas próprias palavras. Ninguém faria isso. Esperemos que como conseqüência violentos no discurso possam rever os absurdos do que dizem e fazem com base em ideologia tão semelhante.

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