#DemoCom: O sequestro da liberdade

A liberdade de expressão foi seqüestrada no Brasil. Ao lado de outros princípios democráticos, a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa foram raptadas por aqueles que têm uma visão bastante parcial que compreendem que os verdadeiros valores da democracia são defendidos apenas por seus representantes, exemplificados em entidades como o Instituto Milenium ou a ANJ.
Precisamos retomar para nós esse discurso. A perda dele tem feito que toda luta empreendida em busca de uma maior democratização das mídias seja logo tachada, nos meios convencionais tradicionais, de ameaça à própria democracia.
Penso que há duas coisas que devem, entre tantas outras, ser trazidas pelos lutadores da democracia para garantir as vozes dos outros que não costumam ser ouvidos.
De um lado temos a emergência das redes sociais e da blogosfera, que são boas representações do que traz a Internet em termos de mudança no polo da emissão das informações. Dessa forma, tendo acesso à rede qualquer um pode ser, não apenas leitor, mas produtor de texto e outros gêneros multimidiáticos com uma liberdade que é seu diferencial - ainda que seja relativa e ameaçada por projetos como o AI 5 Digital do senador Eduardo Azeredo (PSDB).
Essa realidade serve para reforçar a importância de lutarmos por um Plano Nacional de Banda Larga que seja contribuinte real nesse processo e não apenas uma maneira de manter e reforçar o oligopólio das teles na Internet e banda larga no país.
O outro ponto é a compreensão crítica dos processos, práticos e teóricos, que dizem respeito ao estudo da linguagem, discurso e comunicação a partir da perspectiva da dialogia e também da presença real e concreta da diversidade de vozes no contexto sócio-cultural e político. Assim, teremos conteúdo reflexivo e teórico-prático nas batalhas pela garantia das vozes alternativas - que representamos - no campo midiático.

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