No site que FHC lançou na esteira do portal do Instituto da Cidadania, de Lula, surge um texto que pergunta em que situação se encaixam os blogueiros progressistas. Publicado em um fórum do site por um usuário chamado Gustavo Noronha, o texto recondiciona a velha crítica - e o velho risco - de que os movimentos de blogueiros progressistas são chapa branca, convertendo-se em uma linha de defesa do governo federal.
Evidente que Noronha é incapaz de perceber a imensa pluralidade - muitas vezes conflituosa - dos que militamos neste campo da blogosfera, em busca de mais liberdade e mais democracia na rede.
Evidente também que ele não acompanhou o debate - extremamente tenso - com o ministro Paulo Bernardo, que foi diversas vezes interpelado com energia sobre as políticas de democratização do ministério das Comunicações, principalmente no que se refere ao Plano Nacional de Banda Larga. Não me lembro de ninguém pegando leve com o ministro.
Por fim, o autor pinça um item da carta - que esteve presente também na carta do primeiro encontro - que relaciona a necessidade de verbas de publicidade públicas serem oficialmente destinadas à blogosfera para referendar seu argumento. Aliás, ótimo texto militante mas com pouco respaldo nos fatos. Que ele não deve conhecer - deveríamos convidá-lo para o encontro em Salvador.
É um comentário de Roberto Takata que aproxima mais o debate de uma realidade:
Evidente que Noronha é incapaz de perceber a imensa pluralidade - muitas vezes conflituosa - dos que militamos neste campo da blogosfera, em busca de mais liberdade e mais democracia na rede.
Evidente também que ele não acompanhou o debate - extremamente tenso - com o ministro Paulo Bernardo, que foi diversas vezes interpelado com energia sobre as políticas de democratização do ministério das Comunicações, principalmente no que se refere ao Plano Nacional de Banda Larga. Não me lembro de ninguém pegando leve com o ministro.
Por fim, o autor pinça um item da carta - que esteve presente também na carta do primeiro encontro - que relaciona a necessidade de verbas de publicidade públicas serem oficialmente destinadas à blogosfera para referendar seu argumento. Aliás, ótimo texto militante mas com pouco respaldo nos fatos. Que ele não deve conhecer - deveríamos convidá-lo para o encontro em Salvador.
É um comentário de Roberto Takata que aproxima mais o debate de uma realidade:
a) Não concordo com sua visão, Noronha. Certamente há erros por parte do grupo – eu discordo frontalmente do financiamento público do movimento -, mas não chega a ser partidário e governista. Há, claro, convergência de ideias – afinal, os governos Lula e de Dilma são do espectro da esquerda; mas há críticas por parte deles em relação a ações desses mesmos governos.
b) Depende do que se chama de ecossistema da democracia digital. De todo modo, eles são representantes de uma certa visão de mundo – uma visão que não é incompatível com uma sociedade democrática: ainda que bem diferente de uma visão de um grupo economicamente liberal, p.e.
c) Vai depender de vários fatores. Eles podem – ainda que parcialmente – integrar-se a este projeto (o que é bem pouco provável), podem se postar de modo crítico, podem apoiar ocasionalmente e divergir em outras oportunidades, podem ignorar o projeto ou se manterem distantes…
Rovai publicou um post sobre o assunto, mas se enganou em relação à autoria do texto, atribuindo-o ao Roberto Takata. Fora isso, questões pertinentes e incisivas a serem tratadas:
Roberto Takata, que imagino ser um dos articulistas do glorioso blog que o ex-presidente FHC decidiu lançar com honras e pompas, produziu um texto querendo saber a opinião dos leitores do site sobre nós, os tais blogueiros sujos, nas palavras de José Serra.
Takata quer saber onde nos encaixamos “no ecossistema da democracia digital”.
Esses tucanos têm cada uma…
E como ele falou em ecossistema, não poderia deixar de lembrar do sapo barbudo. E disse que achou governista o fato de Lula ter nos dado entrevista e ainda ter participado da mesa do II Blogprog.
Ele lá escrevendo no site do principe pode, mas a gente convidar um ex-presidente que sempre respeitou a blogosfera, não. Saquei.
Pra terminar o Takata vai na parte do corpo que interessa ao reino da tucanagem, o bolso. A preocupação é com o fato de na carta o encontro ter reivindicado que haja democracia na distribuição das verbas publicitárias.
Isso lhe soou partidário.
Acho que o moço não entendeu que Estado e partido político são coisas bem diferentes. Explica pra ele FHC.
Reivindicar que os recursos públicos de comunicação não sejam apenas entregues só aos grandes conglomerados midiáticos não tem nada de partidário. Deveria ser um dever de quem defende a democracia para além dos “ecossistemas” .
E não se garante essa pluralidade democrática apenas entuchando de dinheiro via publicidades e assinaturas os amigos do rei. Ou do príncipe.
Ou o amigo Takata nunca ouviu falar daquela historinha de milhares de assinaturas da Veja, da Nova Escola, do Estadão e da Folha nos estados onde tucanos assinam o cheque.
Essa tal moralidade seletiva me comove.
Comentários
[]s,
Roberto Takata