#QuemMatouJuan? Laudo da Polícia Civil conclui que apenas um PM atirou


Uma PM que mata e é defendida quando mata gera tragédias como essa do Rio de Janeiro.  Acontece todos os dias em todos os lugares do país: cidadãos são mortos sumariamente e, subitamente, transformados em sub-espécie, em bandidos.  Raramente os casos são descobertos.
A notícia abaixo veio do Portal R7.
O laudo de confronto balístico do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), da Polícia Civil, concluiu que todas as cápsulas encontradas no beco onde o menino Juan Moraes, de 11 anos, caiu baleado foram disparadas pelo fuzil usado por um cabo, então lotado no Batalhão de Mesquita (20º BPM). O mesmo policial está ainda envolvido em 13 autos de resistência (mortes de civis durante supostos confrontos com a polícia).
Em depoimento, os policiais militares, investigados pela morte de Juan, disseram que teria havido intenso confronto com traficantes na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, mas peritos não encontraram indícios de troca de tiros na direção onde os PMs estavam posicionados. A perícia de local não detectou vestígio de cápsulas ou qualquer marca de perfuração que provasse que tiros foram disparados na direção dos PMs.
Para concluir que as cápsulas encontradas no beco foram disparadas pelo fuzil usado pelo cabo, o ICCE analisou os dez fuzis calibre 7.62 que estavam com os policiais do 20º BPM no dia 20 de junho, quando Juan foi visto vivo pela última vez.
O subcomandante operacional do 20ºBPM, major Caetano, depôs nesta quinta-feira (14) na Delegacia de Homicídios da Baixada. Os investigadores queriam saber se a operação do dia 20 de junho estava autorizada pelo comando do batalhão. O conteúdo das declarações do oficial não foi revelado.

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