Ano passado, tínhamos uma opção bem clara nas eleições presidenciais: de um lado, a continuidade do projeto de governo de Lula, que promoveu avanços inegáveis no país - em que pese não ter sido perfeito - e do outro, a escolha de um novo projeto, representado pelos candidatos de oposição.
Desde o início ficou muito claro que o projeto mais diametralmente oposto ao projeto do governo era a proposta tucana do candidato José Serra, por muitos fatores, entre os quais o resgate de discurso e programa da direita udenista do país. Sentíamos com clareza a ameaça à continuidade de um projeto político que fez bem ao Brasil e a opção clara para continuar avançando era o voto em Dilma.
Não votei em Dilma por simpatia a ela, mas como forma de garantir que um projeto de país vitorioso ia continuar sendo tocado no governo. Tanto é verdade isso, que não me furtei a reconhecer o retrocesso do atual governo em tantas áreas sensíveis em que desejávamos continuidade e a entender que esse afastamento das políticas do governo Lula termina por me afastar do governo Dilma.
Se ano passado não concordasse com os rumos e o projeto do governo, votaria em qualquer candidato da oposição. Se tivesse vertido à direita o curso ideológico de minha vida, meu voto claramente iria para Serra - e não organizaria um comitê evangélico em Natal para defender o governo e o voto em Dilma.
É por isso que considero muito grave a declaração de voto do ministro da defesa Nelson Jobim (PMDB). Jobim afirma em entrevista à Folha hoje que votou em Serra na eleição presidencial do ano passado. Jobim era o ministro da defesa no governo Lula e permaneceu no cargo no governo Dilma. Declarando seu voto assim é como se o ministro admitisse que não concordava com os rumos e o projeto de país do governo ao qual servia - escolheu votar no candidato de oposição que melhor representava o seu contraponto. Se não concordava, votou em Serra. Se não concordava, não devia ter aceitado o pedido de continuar ministro. Aliás, não devia nem mais ser ministro do governo Lula. Isso é descompromisso e traição política. Além de hipocrisia e falsidade: pelo status e pelo cargo, seguir ministro num projeto em que não se acredita.
Desde o início ficou muito claro que o projeto mais diametralmente oposto ao projeto do governo era a proposta tucana do candidato José Serra, por muitos fatores, entre os quais o resgate de discurso e programa da direita udenista do país. Sentíamos com clareza a ameaça à continuidade de um projeto político que fez bem ao Brasil e a opção clara para continuar avançando era o voto em Dilma.
Não votei em Dilma por simpatia a ela, mas como forma de garantir que um projeto de país vitorioso ia continuar sendo tocado no governo. Tanto é verdade isso, que não me furtei a reconhecer o retrocesso do atual governo em tantas áreas sensíveis em que desejávamos continuidade e a entender que esse afastamento das políticas do governo Lula termina por me afastar do governo Dilma.
Se ano passado não concordasse com os rumos e o projeto do governo, votaria em qualquer candidato da oposição. Se tivesse vertido à direita o curso ideológico de minha vida, meu voto claramente iria para Serra - e não organizaria um comitê evangélico em Natal para defender o governo e o voto em Dilma.
É por isso que considero muito grave a declaração de voto do ministro da defesa Nelson Jobim (PMDB). Jobim afirma em entrevista à Folha hoje que votou em Serra na eleição presidencial do ano passado. Jobim era o ministro da defesa no governo Lula e permaneceu no cargo no governo Dilma. Declarando seu voto assim é como se o ministro admitisse que não concordava com os rumos e o projeto de país do governo ao qual servia - escolheu votar no candidato de oposição que melhor representava o seu contraponto. Se não concordava, votou em Serra. Se não concordava, não devia ter aceitado o pedido de continuar ministro. Aliás, não devia nem mais ser ministro do governo Lula. Isso é descompromisso e traição política. Além de hipocrisia e falsidade: pelo status e pelo cargo, seguir ministro num projeto em que não se acredita.
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