#ForaMicarla: 70 toneladas de medicamentos descartados




Esta semana quatro colaboradores do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) foram indiciados pelo Ministério Público devido ao escândalo do descarte de 10 toneladas de medicamentos entre os anos de 2008 e 2009.  O fato foi alvo de uma CEI, cujo relatório fundamentou a decisão do MPE.

Acontece, como se vê na nota abaixo, que a gestão borboleta de Micarla de Sousa (PV) agora está sendo investigada pelo descarte de nada menos que 70 toneladas de medicamentos.  Como o vereador Enildo Alves, líder da prefeita, pediu a prisão dos envolvidos no descarte da gestão anterior, vai fazer o mesmo com os responsáveis pelo descarte atual?  E vai pedir a prisão de Micarla, como pediu de Carlos Eduardo?

Da Tribuna do Norte:

A Secretaria Municipal de Saúde inicia hoje o inventário de aproximadamente 70 toneladas de medicamentos descartados que se encontram em um depósito do Departamento de Logística e Suporte (DLS), em Dix-Sept Rosado.
A ideia é catalogar os medicamentos, identificando os lotes, tipos de remédio e de qual época originou-se o descarte para o DLS, para posterior incineração.


Hoje, também, o promotor de Defesa do Meio Ambiente, João Batista Machado, terá uma audiência às 11h30 com a prefeita Micarla de Sousa, para discutir a destinação desses medicamentos. A secretária municipal de Saúde, Maria do Perpétuo Nogueira antecipou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que das cerca de 70 toneladas do produto que estão estocados no DLS, 20 já serão incinerados pela empresa Serquip, que tem fornos de incineração instalados no Distrito Industrial de Extremoz.

Ontem pela manhã, João Batista Machado esteve inspecionando o DLS em companhia de policiais da Delegacia Especializada em Proteção ao Meio Ambiente (Deprema), para pegar detalhes das condições em que estão armazenados os remédios.

Ele prometeu falar sobre o assunto somente depois da reunião com a prefeita, inclusive liberando as fotografias que foram tiradas dentro do depósito, cujo acesso só é permitido a partir de uma autorização, por escrito, da secretária municipal de Saúde, Maria do Perpétuo Nogueira.

Já a delegada de Proteção ao Meio Ambiente, Josenilda Oliveira, confirmou que foi instaurado um inquérito para investigar se o município está cumprindo as recomendações do Ministério Público Estadual (MPE) a respeito do armazenamento e destinação de medicamentos por parte da SMS.

Josenilda Oliveira disse que ontem fez-se um levantamento preliminar da situação dos medicamentos, informações que ainda não foram registradas e nem se encontram nos autos.

A delegada também disse, preliminarmente, que no DLS estão armazenados remédios com prazo de validade a vencer, mas que já foram "condenados" pela Covisa porque não foram guardados adequadamente para uso nas unidades de saúde do município.

A delegada ainda informou que até agora, no que tange à competência da Deprema, a estocagem de medicamentos datas de validade vencidas "não se configurou nenhum crime ambiental". Ela acredita que no desenrolar das investigações, possa ser que apareçam elementos que levem outras delegacias, como a do Patrimônio Público, a atuar nessa questão do descarte dos medicamentos depositados na DLS, onde ela também acredita que existam "cerca de 70 toneladas de remédios", conforme tinha dito a assessoria da secretária de Saúde.

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