#ForaMicarla: As investigações contra a prefeitura

Quando o No Minuto e, particularmente, Diógenes Dantas, publicaram na última semana informações sobre um suposto pedido de intervenção no município de Natal, o mundo caiu sobre eles.  Todos criticaram a falta de identificação de fontes e o próprio Ministério Público Federal apressou-se em desmentir a informação.

É certo que houve certa precipitação no portal em dar a notícia.  Mas também é certo que houve confirmações e reconfirmações de fontes que, evidentemente, não podem se identificar.  E se tratando de investigações sigilosas, nenhuma nota poderia confirmá-las.
Mas se sabe, nos meios políticos em Natal, que há investigações policiais sigilosas contra a gestão e pessoas ligadas a ela.  Não apenas uma CEI dos Contratos na Câmara Municipal de Natal.  Denúncias de corrupção, inclusive, que foram levantadas por entidades do movimento social e entregues à investigação do Ministério Público e da polícia.  Inclusive, a ideia de uma possível intervenção solicitada pelo MPF insinua que há investigações que correm no âmbito da justiça federal, sendo conduzidas pela Polícia Federal.  Para isso, deve haver denúncias de desvio de verbas federais.
Em alguns momentos, como na sexta-feira no No minuto, as histórias vazam.  Lembro de um dia, meses atrás, em que toda a imprensa repercutiu a informação de que o ex-secretário de saúde, Thiago Trindade, foi prestar um depoimento no Forum de Natal.  Nunca foi bem esclarecido o motivo desse depoimento, mas suponho que tenha a ver com essas ações investigativas das quais todo mundo fala.
No post anterior destaquei notícia do portal em que se fala sobre a investigação de desabastecimento da rede de saúde da cidade.  Lembrei-me dos primeiros seis meses da gestão borboleta em que, mesmo com decreto de emergência estabelecido (que possibilitava compra sem licitação de insumos de saúde), as unidades de saúde seguiam desabastecidas.  Minha esposa estava grávida e precisou tomas uma vacina no período e sequer o algodão para fazer a limpeza do local da injeção tinha na unidade de saúde.  Houve relatos sobre gente que precisou levar a seringa para colher sangue.
Era muita incompetência não conseguir abastecer a rede de saúde mesmo podendo fazer compras emergenciais.  Ou, muito desvio.  Será que a investigação do MPE vai recuar a esse período de 2009?  Ou será que as 70 toneladas de medicamentos descartados pela gestão borboleta consumirão muito do tempo dos promotores?
Aguardar as cenas dos próximos capítulos que não se darão apenas na Câmara.

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