#ForaMicarla: Sindicato dos farmacêuticos repudia falhas no descarte de medicamentos

Do Portal No Minuto

O descarte irregular de medicamentos pela Prefeitura Municipal de Natal motivou uma nota da diretoria do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Norte (Sinfarn), que classifica a situação como um “desperdício de dinheiro por parte das autoridades que não dão importância à ação dos farmacêuticos nos serviços de saúde”.
De acordo com o sindicato, a administração municipal não possui uma única unidade regular, sendo autuada constantemente pelo Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Norte (CRF). Além disso, as falhas em relação a aquisição dos medicamentos começam com o planejamento da compra, passam por armazenamento e área física inadequados, aliados a um número insuficiente de profissionais, o que provoca o exercício ilegal da profissão farmacêutica, desvio de função, condições precárias de trabalho, equipamentos ultrapassados, falta de humanização no atendimento e descontinuidade no abastecimento. “Em um verdadeiro retrato do absurdo, banheiros são transformados em dispensários pelo município”, ressalta a nota.

As compras equivocadas e volumosas, que terminam por gerar o descarte de medicamentos, ocorrem pela falta de políticas de assistência farmacêutica pelo sistema municipal de saúde de Natal. Segundo a diretoria do Sinfarn, o setor responsável pela compra, armazenamento e distribuição de medicamentos da Prefeitura precisa receber atenção urgente das autoridades, uma vez que “mesmo com a disposição do Sindicato dos Farmacêuticos, Conselho de Farmácia, VISAS e do curso de Farmácia da UFRN em prestar consultoria gratuita para mudar a realidade, a gestão municipal tem desprezado qualquer iniciativa e transformado o DLS em um verdadeiro lixão”.

Para a presidente do Sinfarn, Jacira Prestes, de nada adianta o avanço tecnológico se os medicamentos são armazenados de forma inadequada. “Não existe atenção farmacêutica nenhuma nesses estabelecimentos. O usuário recebe o medicamento através de uma grade de ferro, uma atitude que mostra insensibilidade e desprezo. Esse modelo desumano de farmácia até hoje persiste sem que as autoridades competentes tomem qualquer atitude. Enquanto isso, a população carente, que mais necessita de orientações, padece nesse modelo rudimentar”, avalia.

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