Ontem à noite, quando os mercados asiáticos começavam o seu funcionamento normal, o presidente dos EUA, Barack Obama, foi à tevê fazer um breve pronunciamento. Finalmente o acordo havia sido conseguido.
Pelo menos era assim que vendia nossa mídia. O título no UOL era Obama anuncia acordo entre partidos para evitar calote. Você fica esperançoso de que pelo menos o acordo havia sido assinado. Vai à matéria e não é nada disso. Aliás, Obama não diz nada diferente sobre acordo do que foi dito e, depois, derrotado no voto, durante todo o fim de semana, quando Câmara ou Senado aprovavam uma proposta que, em seguida, era derrotada na outra Casa. O anúncio de Obama não traz nenhum resultado concreto. Nenhuma novidade. Só o poder de influenciar o mercado financeiro, a partir da Ásia, nesta segunda-feira. Leia na matéria do UOL, a que está relacionada aquela chamada, abaixo:
Acordo para evitar calote dos EUA será feito no prazo, diz Obama
DE SÃO PAULOAtualizado em 01/08/2011 às 03h12.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento rápido na noite deste domingo (31) sobre a renegociação do aumento do teto da dívida dos Estados Unidos.
Em um período de aproximadamente cinco minutos, Obama declarou que o acordo será feito dentro do prazo --cuja expiração ocorre em 2 de agosto--, e que "os líderes de ambos os partidos desejam o acordo".
O presidente, no entanto, deu poucos detalhes sobre o pacote acordado e não esclareceu diversas dúvidas, como o valor da elevação do teto da dívida --hoje em US$ 14,3 tri. Em versões anteriores do plano, esse aumento era de US$ 2,4 trilhões, mais que o PIB do Brasil. Esse valor seria suficiente para o governo americano arcar com suas obrigações até 2012.
Obama também disse que o corte de gastos do país deve ser de US$ 1 trilhão ao longo de dez anos. No total, os cortes devem extrapolar US$ 2 trilhões, em uma segunda etapa do plano ainda não detalhada. Tanto os republicanos quanto os democratas concordam com a meta, segundo o presidente.
"Não concluímos ainda. Eu quero alertar os membros de ambos os partidos para que tomem a atitude certa, e para que apoiem esse acordo", declarou o presidente, que também classificou como "devastador" o efeito de um possível calote do país norte-americano.
Após o comunicado, Obama saiu sem falar com os jornalistas.
Em um período de aproximadamente cinco minutos, Obama declarou que o acordo será feito dentro do prazo --cuja expiração ocorre em 2 de agosto--, e que "os líderes de ambos os partidos desejam o acordo".
O presidente, no entanto, deu poucos detalhes sobre o pacote acordado e não esclareceu diversas dúvidas, como o valor da elevação do teto da dívida --hoje em US$ 14,3 tri. Em versões anteriores do plano, esse aumento era de US$ 2,4 trilhões, mais que o PIB do Brasil. Esse valor seria suficiente para o governo americano arcar com suas obrigações até 2012.
Obama também disse que o corte de gastos do país deve ser de US$ 1 trilhão ao longo de dez anos. No total, os cortes devem extrapolar US$ 2 trilhões, em uma segunda etapa do plano ainda não detalhada. Tanto os republicanos quanto os democratas concordam com a meta, segundo o presidente.
"Não concluímos ainda. Eu quero alertar os membros de ambos os partidos para que tomem a atitude certa, e para que apoiem esse acordo", declarou o presidente, que também classificou como "devastador" o efeito de um possível calote do país norte-americano.
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