#ForaMicarla: @paulodavim responde no twitter, mas ainda deixa questões

Deixa eu esclarecer uma coisa, antes de prosseguir este post.
Paulo Davim é um velho amigo da família de minha esposa.  Meus sogros são seus pacientes.  Meu sogro trabalhou em suas campanhas.  Ele esteve em meu casamento.  Respeito-o, portanto.  Mas sinto que há pontos não esclarecidos - ao menos, de um ponto de vista ético -, na história revelada por Kallyna Kelly.  Vou continuar levantando, por exemplo, o questionamento se o contrato de aluguel do imóvel à Semtas é ético.
Paulo respondeu alguns questionamentos via twitter agora há pouco.



À essa primeira reação do senador, eu interpelei:


Paulo Davim confirma que sabe disso:


Retruquei
 Paulo respondeu

Comentei que era importante saber, para além da questão ética, era importante saber se o imóvel estava sendo realmente utilizado, coisa que não me pareceu hoje, quando passei por lá.  Aí o companheiro Fábio Lima reelaborou a questão:



Ao que o senador respondeu

A última pergunta que o senador respondeu foi novamente de Fábio:



O senador deu, desta vez, uma resposta evasiva:


Ao fim desse papo, ao menos uma questão ficou sem respostas:



 Resumindo, o senador pediu que a CEI dos Contratos e o Ministério Público investiguem a história desse contrato.  Para ele, aparentemente, não há problema de a prefeitura alugar um imóvel de propriedade de uma empresa da qual sua esposa é sócia, mesmo que ele seja dirigente do partido que governa a cidade.
Além disso, o senador foi evasivo em outra questão.  Perguntei sobre o fato de o imóvel permanecer com a placa da clínica na fachada: para Paulo, isso somente prova que ele nada tem a ver com o prédio e o aluguel.  A questão realmente importante não foi respondida: se o prédio está alugado desde 2009, porque a placa da clínica permanece lá?  Por que a clínica foi registrada naquele endereço no Datasus em outubro de 2009, após a assinatura do contrato com a Semtas?

Não deu tempo de perguntar.  Em janeiro de 2010 foi executada uma dívida fiscal e tributária de Paulo Davim com a prefeitura municipal do Natal.  Uma outra dívida está com o processo suspenso, desde 2010, na Primeira Vara de Execução Fiscal Municipal e Tributária de Natal.  As dívidas fiscais e tributárias contra Paulo são reais, uma delas tendo sido executada.

Quando eu li isso, me lembrei de algo que Renato Dantas havia tuitado mais cedo


 Será que foi isso que aconteceu?  A prefeitura se viu obrigada a "alugar" o apartamento onde morava o senador porque estaria impedida de alugar o prédio da rua Tenente Brandão por dívidas fiscais?

O senador poderia, então, nos explicar os dois processos relacionados às dívidas de imposto que Paulo Davim tem, especialmente o já executado.  Será que esse fato teve algum impacto na definição do aluguel que temos discutido?



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