Índios caiuá foram proibidos de usar seu idioma

Da Folha de São Paulo


Três estudantes da etnia caiuá foram proibidos de utilizar o idioma nativo, o guarani, nas dependências de uma escola da rede municipal em Campo Grande (MS). A exigência foi registrada em uma ata que os índios dizem ter sido obrigados a assinar.
"Disseram: "aqui na escola o seu idioma é proibido'", disse o índio Laucídio Nelson, 41, que há quase dois anos frequenta classe de alfabetização na Escola Nerone Maiolino.
Além dele, assinaram o documento os caiuás Orlando Turíbio, 41, e Maura Amaral, 35, que vivem em Água Bonita.
O fato, disse Laucídio, ocorreu em 24 de agosto. "Foram chamando um por um na diretoria. Quando chegou a minha vez, me mostraram um livro bem grande e disseram: "aqui tem lei contra isso". Eu não sabia de nada, então assinei".
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) disse que a restrição contraria "a Constituição": "Os índios têm direito de falar a língua deles".

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