Operação Hefesto: MP rebate declarações de Enildo

Da Tribuna do Norte

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte rebateu, agora a tarde, todas as críticas e acusações feitas pelo vereador Enildo Alves (Sem partido) ao promotor José Augusto Peres. O vereador foi incluído no rol dos investigados na Operação Hefesto, que apura as suspeitas de formação de cartel no mercado de Combustível de Natal. O MP/RN afirmou, em nota, que “em nenhum momento visou perseguir entidades ou pessoas”.

A nota que traz esclarecimentos sobre a operação diz que “a ação foi realizada por três órgãos de reconhecida reputação do poder público estadual e federal”. Formalmente, o MP afirma que não é verdade que todas ações de Improbidade Administrativa que ajuizadas contra o vereador foram extintas. A que trata da contratação do SAMU, diz a nota, está suspensa aguardando decisões de recurso.

Segundo o MP, em relação a esta ação o Tribunal de Justiça anulou a decisão de primeira instância e determinou o prosseguimento do processo. Enildo recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que não acatou o recurso extraordinário e deve remeter nos próximos dias a ação ao Tribunal de Justiça. Na edição de a TRIBUNA DO NORTE já havia dado essa informação.

Trata-se da ação 0015768-63.2002.8.20.0001 (001.02.015768-2) cuja sentença foi suspensa no dia 20 de junho de 2011, pelo juiz Geraldo Antônio da Mota, da 2ª Vara da Fazenda Pública. Em coletiva concedida ontem, o vereador Enildo Alves, tinha anunciado sua absolvição em todas as ações de improbidade. Enildo criticou a associação de seu nome às investigações e se disse vítima de perseguição.

Em entrevista hoje ao portal TN online, Enildo reafirmou as declarações e voltou a levantar suspeição do promotor José Augusto Peres. “Eu nunca vi ninguém definir com tanta veemência empresas multinacionais que tiveram lucros ano passado em mais de 30 bilhões de reais, e que vem aqui no nosso país sugar o nosso povo. Pra mim é muito suspeito essa veemência”, afirma o vereador. Enildo disse que está disposto a abrir seu sigilo bancário e não tem receio das investigações.

A Operação Hefesto foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Potiguar e a Secretaria de Direito Econômico, órgão do Ministério da Justiça, e cumpriu nove mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Ivanaldo Bezerra Ferreira dos Santos, da 8ª Vara Criminal.

A nota afirma ainda que a Operação “Hefesto” não teve qualquer relação com as Promotorias de Justiça do Patrimônio Público da Comarca de Natal, ou qualquer um de seus integrantes. Na coletiva de ontem Enildo Alves declarou guerra aos promotores do Patrimônio Público, que já ajuizaram contra ele cinco ações de improbidade administrativa.

Através da nota, os promotores reiteraram sua missão “de promover a justiça servindo a sociedade na defesa de seus direitos fundamentais, fiscalizando o cumprimento da Constituição e das leis e defendendo a manutenção da democracia”.

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