Operação Pecado Capital: Como se chama isso?


Tenho publicado aqui no blog, desde a divulgação da Operação Pecado Capital, questionamento sobre os nomes que são referidos nas gravações e da petição do ministério público - nomes que têm sido solenemente ignorados (à exceção de textos publicados por Alisson Almeida e Ricardo Rosado).  Colocaram uma pedra para esquecer esses nomes.  

Evidente que temos o direito de inquerí-los, mas na cabeça de jornalistas da terra, isso se reduz a agressão, insinuação ou piadinha.  O direito de perguntar sobre se existe - e qual é - relação de políticos e desembargadores do estado com a quadrilha que estava atuando no Ipem é inalienável.  Todos devíamos fazer tais perguntas - ou no mínimo ouvir os áudios que foram tornados públicos ou ler as 112 páginas da petição do ministério público.
Se os desembargadores Saraiva Sobrinho e Expedito Ferreira - ou qualquer outro dos nomes citados pelos acusados que eu reproduzi aqui - tiverem interesse sabem que podem me encontrar.  Aliás, o blog tem as portas abertas para publicar qualquer coisa que queiram falar a respeito.  Não me oculto sobre nenhum nome falso ou sob a barra da saia de nenhum político.  Exponho o que digo aqui e assino embaixo.  
Conheço uns poucos desembargadores pessoalmente.  Fui estagiário de jornalismo na Esmarn quando Virgílio era o diretor.  Dilermando foi membro da mesma igreja que eu sou e quando era juiz da família comecei a conversar com ele sobre um trabalho de comunicação na vara.  Os demais, eu não conheço.
Não insinuei nada, falei abertamente.  Não conjecturei no vazio: ouvi o diálogo entre Rychardson Bernardo e Daniel Bezerra em que eles falam sobre a filha de Saraiva e a pessoa de Expedito na lista de investigados como possíveis fantasmas.  Não é conjectura também o diálogo em que se fala que a ida de Rychardson para o Detran - dirigido por Érico Ferreira, filho de Expedito -, onde já está Daniel Vale Bezerra, estava pendente de um acerto entre Gilson Moura e a governadora Rosalba Ciarlini.
Aliás esse diálogo lança luz também sobre a farsa que Gilson tenta montar de que há um ano não tinha relações com o indicado que voltou, após a exoneração do Ipem, a atuar no gabinete do deputado: Rychardson iria para o Detran sob a bênção do padrinho Gilson.
Lamento que, apesar da citação a três deputados estaduais nas gravações, nem Gilson foi questionado na Assembleia Legislativa.  Quando perguntei a Fernando Mineiro se ele questionaria Fábio Dantas (PHS), Dibson Nasser (PSDB) e Gilson Moura (PV), sua resposta foi de que torcia para que todos os culpados viessem a ser condenados.  Ninguém parece disposto a sujar a mão - a não ser o ministério público que continua investigando  - agora os crimes de colarinho branco e corrupção, conforme anunciado na semana.  O ministério público e eu.  Que sempre me volto às perguntas sem respostas.
Os desembargadores não sabem desde sábado quem tem questionado a referência a seus nomes em blogs e twitter.  Sabem desde o primeiro dia porque este espaço é público.  Aberto. Se houver crime em perguntar, sou responsável sobre o que publico aqui.  A Primeira Vara de Família do Distrito Sul tem meu endereço atualizado já que acabei de passar por um julgamento lá.  Algo que me honrou muito.
Vou continuar perguntando.  É a melhor maneira de me manter íntegro e vivo.

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