Na petição do Ministério Público Estadual (MPE) sobre a Operação “Pecado Capital”, Sayonara é citada como um dos funcionários fantasmas que receberiam indevidamente sem trabalhar da autarquia estadual. Em seu depoimento, Laila Cristiane Nagib afirma que a filha do presidente do TRE-RN “ganhava no Ipem tanto como estagiária [quanto] como funcionária”.
A contratação de funcionários fantasmas era uma das estratégias usadas pela “organização criminosa” liderada pelo ex-diretor do Ipem-RN, Rychardson de Macedo Bernardo, para desviar recursos públicos da autarquia estadual.
Além de Rychardson, o seu irmão, o empresário Rhandson de Macedo Bernardo, o analista de sistemas Adriano Flávio Cardoso Nogueira, o engenheiro civil Aécio Aluízio Fernandes de Faria e o advogado Daniel Vale Bezerra são investigados pela prática de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O grupo, segundo a denúncia do MP, no período entre 2007 e 2010, teria desviado cerca de R$ 12 milhões em recursos públicos do Ipem.
O modus operandi da “organização criminosa” incluiria, ainda, o pagamento indiscriminado de diárias a funcionários terceirizados, fraudes em licitações e recebimento de propina oriunda de fiscalizações de fachada e criação de empresas para lavagem de dinheiro público.
O desembargador Saraiva Sobrinho observou que Sayonara Saraiva, sua filha, foi arrolada apenas como “testemunha” no processo da Operação “Pecado Capital” pelo fato de ter sido estagiária no período em que Rychardson de Macedo esteve à frente do Ipem.
Lembrado pela reportagem que, além de testemunha, Sayonara é citada como suposta integrante do esquema montado no Ipem, o desembargador, novamente através da assessoria de imprensa, enfatizou que o depoimento que acusa sua filha não mereceria credibilidade.
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