PHA denuncia censura via Justiça ao homenagear Brizola



O Governo Tarso Genro e a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul decidiram celebrar os 50 Anos da Rede da Legalidade – as 104 emissoras de rádio que o governador Leonel Brizola montou em 1961 para dar posse ao presidente constitucionalmente eleito, João Goulart.

Paulo Henrique Amorim e o deputado federal Brizola Neto – responsável pelo Tijolaço – falaram sobre a atualidade política de Brizola.

Clique aqui para ler um resumo do depoimento de Brizola Neto.

PHA tratou da mesma questão que expôs na Escola da Magistratura do Tribunal Federal da Terceira Região, ao lado do corajoso juiz Fausto De Sanctis e do jornalista Caco Barcelos, que deu uma verdadeira Aula Magna: a nova forma de censura, a censura pela  via judicial.Primeiro, este ansioso blogueiro sustentou que a herança de Leonel Brizola é a luta por uma Ley de Medios.

Brizola foi o primeiro homem público brasileiro a perceber a intrínseca ligação entre a democracia na Comunicação e a Democracia.

Sem a Rede da Legalidade, Jango não tomava posse e o Golpe de 64 seria em 61.

E a batalha pelas Reformas de Base não teria chegado à opinião pública – e à História.

O sacrifício de Jango pelas reformas de base teria sido esmagado na Oban do Coronel Ustra (devidamente anistiado pelo STF).

(Como se sabe, o historialista de muitos chapéus e colonista (*) da Folha (**) e do Globo ( que dupla !) , Elio Gaspari sustenta que Jango tinha que cair porque gostava de coristas.)

Depois, Brizola enfrentou a Globo e contra a Globo se elegeu governador do Rio duas vezes.

Em 1982, o regime militar e a Globo tentaram roubar a vitória de Brizola no computador, como demonstra o livro “Plim-Plim, a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral”.

Depois, em campanhas presidenciais, ele anunciava: quando sentar naquela cadeira, a primeira coisa que farei será questionar esse monopólio.

Só agora, depois de oito anos e meio no poder, o PT resolveu tratar de uma Ley de Medios, sem que o ministro petista da área tenha demonstrado, até agora, qualquer entusiasmo pela ideia.

A questão da Democracia e a Liberdade de Expressão hoje, disse o ansioso blogueiro na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, tem outro aspecto: a censura pela via judicial.

Brizola, hoje, seria o Presidente de Honra do Instituto Barão de Itararé, que reúne blogueiros sujos (e sob a ameaça da censura judicial).

Azenha, Rodrigo Vianna, Luis Nassif, Esmael (perseguido pelo tucano Beto Richa, do Paraná) e dezenas de blogueiros sujos no interior do Brasil são perseguidos por pseudo ações que invocam crimes ou reparações por males e prejuízos que nao conseguem comprovar.

Ocupam o aparelho da Justiça, oneram o Poder Público e desfalcam o contribuinte para exercer o mais velho instrumento contra a liberdade de expressão: a censura.

Extinta a censura pura e simples do regime militar, dominado o PiG (***), resta a censura judicial.

Velho instrumento, hoje obsoleto, dos adversários da liberdade de expressão nos Estados Unidos e na Inglaterra.

Este ansioso blogueiro é alvo de 37 ações judiciais que o engrandecem.

Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és.

Ou, como dizia o Itamar Franco, segundo Nirlando Beirão: quem melhor me define não são os amigos que tenho, mas os inimigos.

A maioria das ações contra este ansioso blogueiro tem um nexo (invisível, por enquanto).

Leonel Brizola entenderia isso muito bem.

A nova face da censura.

E o nexo.

Ele entendeu muito bem, por exemplo, a contribuição notavel de Eduardo Azeredo e Nelson Johnbim à fraude eleitoral que o Brasil e o Nunca Dantes souberam evitar.

Lula sancionou a lei que institui o papelzinho na eleição.

A urna eletrônica, como se sabe, impede a recontagem dos votos.

Brizola percebeu isso na eleição de ‘82, que quase a Globo toma dele e dá de presente ao Wellington Moreira Franco.

Nenhum país no mundo usa a urna eletrônica brasileira.

Porque é fácil roubar e não deixa recontar votos.

Essa obra prima é da autoria de Azeredo e Johnbim

Johnbim janta com Carlinhos Rodemburgo, braço direito e esquerdo de Daniel Dantas.

E com Carlinhos e o notável Senador Heráclito Fortes – clique aqui para ler “o agente dólar furado” – Johnbim tratou, no grampo legal da Satiagraha, dos investimentos de Dantas na Amazônia.

Eduardo Azeredo vendeu a Cemig a Dantas (agora, aparentemente, Aécio Never a revendeu a Sergio Andrade).

E depois protagonizou o “valeriodantas” que irrigou a eleição para governador que perdeu para Itamar Franco.

É o nexo !

O nexo que une Johnbim e Azeredo é o banqueiro condenado.

Leonel Brizola decifraria esse suposto enigma !

Com meia dúzia de tijolaços !

Como se sabe, de Brizola para cá, o poder monopolista da Globo permanece intocado.

A audiência diminuiu.

Ela tem 50%, 55% da audiência, muito menos quando o jornal nacional satanizou a cidade do Rio de Janeiro, para prejudicar o Governo Brizola.

Mas, o poder talvez seja maior.

Ela detém 75% de TODA a verba de televisão do Brasil.

E a tevê é 50% de TODA a publicidade brasileira.

Ou seja, uma única família detém 75% de 50% de TODA a industria da publicidade no Brasil.

Esse é uma situação que não se reproduz em nenhuma democracia nova do mundo: Espanha, Portugal, México, Chile, Argentina.

(Sem falar das velhas democracias …)

Só aqui.

Viva o Brasil !

E só agora o PT se lembra de pedir uma Ley de Medios (e o Bernardo ?).

A Globo ampliou o alcance com a tevê a cabo, a revista Época (que detém o monopólio da Satiagraha II) e os portais na internet.

E, como antes, luta para derrubar Vargas, Jango, Brizola, Lula e Dilma.

E até este modesto jornalista, que está longe de merecer tanta honra, disse ele sob o quadro a óleo do jovem Vargas.

O jornalista mais poderoso do Brasil, Ali Kamel, processa o Luiz Carlos Azenha, o Rodrigo Viana e este ansioso blogueiro, duas vezes.

Outros dois jornalistas da Globo, que se acham acima da críticas (ora bola, eles são da Globo !) e da liberdade de expressão (que deve ser monopólio dela, a Globo, claro !) também processam este jornalista.

Um, porque desmentiu no jn uma notícia que o jn não tinha dado.

Era o desmentido do que não foi mentido.

Viva o Brasil !

Outro porque não gostou de se ver na personificação da subserviência da Globo ao ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (****).

Este ansioso blogueiro, Mino Carta, Leandro Fortes, também processados por Gilmar Dantas (****), o Azenha, o Juca Kfouri (processado 50 vezes pelo “Mr Teixeira, did you accept the bribe ?”), o Rodrigo Viana, o Luis Nassif nos tornamos alvo dessa nova ofensiva contra a liberdade de expressão – a censura pela via judicial.

Não tenho notícia, disse o ansioso blogueiro ao lado de Brizola Neto, que Leonel Brizola tenha movido qualquer ação judicial contra seus detratores na imprensa (especialmente jornalistas do e da Globo).

Ele travava as batalhas no campo aberto da política.

É como travarei as minhas, disse eu.

Entro e saio da arena pela porta da frente, de cabeça erguida.

Como Leonel Brizola.

Que nunca precisou de HC no recesso.


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(****) Clique aqui para ver como um eminente colonista (*) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (*) da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

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