Uma denúncia anônima ajudou o advogado
José Marle de Queiroz Lucena, membro da Comissão de Direitos Humanos da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Subseção de Mossoró, a
descobrir um plano para assassiná-lo. A vítima chegou a ser seguida e
monitorada durante um dia inteiro, mas o homem contratado para matá-lo
acabou desistindo de executar o plano.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Subseção de Mossoró, Humberto Henrique Costa Fernandes do Rêgo, oficializou as denúncias de ameaças aos representantes do Ministério Público Estadual e das Polícias Civil e Federal, relatando o caso e pedindo pela integridade física do advogado ameaçado.
O advogado participava de uma audiência, ocorrida no dia 9 de setembro, quando solicitou ao juiz a retirada de uma pessoa, parte contrária no processo. O pedido do advogado foi baseado no fato da pessoa convidada a sair da sala não ter habilitação para participar da audiência.
O magistrado acatou o pedido do advogado e convidou a pessoa para aguardar o final da audiência nos corredores do Fórum Desembargador Silveira Martins.
Revoltado com pedido do advogado, um dos autores da ação, da parte contrária a da defendida pela vítima, chegou a falar pelos corredores do Fórum, segundo testemunhas em alto e bom tom, que Marle Lucena “iria arder no fogo do inferno”.
No dia seguinte à audiência, no dia 10 de outubro, a vítima recebeu um telefonema informando que uma pessoa havia sido contratada para matá-lo, e que já havia começado a segui-lo para estudar sua rotina. Na denúncia anônima, o informante também alertou que o crime se devia a uma encomenda, e que o executor teria sido contratado pelo valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), um revólver e um terreno.
A vítima também foi informada que o crime estava relacionado ao episódio ocorrido durante a audiência do dia anterior, na Primeira Vara Cível. Um suspeito, que é apontado como o mandante do crime, está sendo investigado.
O presidente Humberto Fernandes repudiou as ameaças e disse que como representante da Ordem vai acompanhar de perto o desenrolar das investigações até que os acusados sejam devidamente punidos na forma da lei. Como representante dos advogados, Humberto Fernandes também comunicou o caso ao secretário de Segurança Pública, Aldair da Rocha pedindo empenho nas investigações.
Comentários