"Indignados" de SP montam acampamento com 50 tendas

Depois de dez dias, a Folha de São Paulo finalmente noticia o movimento Acampa São Paulo, que ocupa o viaduto do Chá desde a ação global em 15 de outubro.

Inspirados pelo movimento americano "Ocupe Wall Street", cerca de 150 manifestantes paulistas mantêm um acampamento sob o viaduto do Chá, no vale do Anhangabaú (região central de SP).
O movimento começou no último dia 15, quando movimentos semelhantes eclodiram simultaneamente em 950 cidades de 82 países.
Em menos de dez dias, o número de barracas quase dobrou -passando de 27 para cerca de 50.
Não há manifestantes novatos. A maioria dos integrantes do acampamento é jovem e já milita em partidos políticos, como o PSOL, ou organizações como o movimento estudantil, o "Democracia Direta Já", grupos indígenas e até o Anonymous -o grupo que ganhou visibilidade ao invadir sites de governos e empresas.
Somam-se ainda aos manifestantes adeptos de movimentos punk, hip-hop e também sem-teto.
"Tem vários movimentos aqui, mas estamos construindo um discurso sem bandeiras, pela democracia direta", disse o historiador Leandro Cruz, porta-voz do grupo.
Como seus pares do "Ocupe Wall Street", os "indignados" do "Acampa Sampa" se organizam pela internet e montaram barracas mesmo sem autorização da prefeitura, a quem querem apresentar pauta de reivindicações.

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