Pastor denunciado por desvio de recursos é a nova fonte contra PC do B

Quando se trata de denúncias de corrupção de fontes diversas fica sempre difícil saber por onde começar. A Folha de São Paulo de hoje traz denúncias do pastor evangélico David Castro contra o PC do B e o ministério do esporte.  Segundo o pastor da igreja Gera Vida Internacional, filiado ao PP, o partido cobrou 10% de propina referente a um projeto do Segundo Tempo que a igreja mantinha.
No entanto, tornou-se secundário na matéria o fato principal relacionado ao pastor e à igreja: em 2008 uma investigação do Ministério Público Federal do DF recomendou a suspensão do convênio que mantinha o Segundo Tempo na igreja por superfaturamento por parte da organização religiosa.
De acordo com o MPF, houve irregularidades no pregão realizado pela igreja para a compra de kits de lanche para os alunos. Duas empresas participaram da licitação - Italian Alimentos e Panificadora Mega Pão, que venceu o certame com a proposta de 75 centavos por kit. Dois dias depois do resultado, porém, a empresa solicitou reajuste de 25% em relação aos valores da proposta inicial.
Em função disso, a igreja aumentou a quantidade dos alimentos contidos no kit quando, na verdade, segundo o procurador da República Rômulo Moreira, deveria ter realizado uma nova licitação.
"Tudo indica que o licitante ofertou proposta contendo preço inexeqüível, com o propósito de prejudicar a outra participante do certame, obtendo êxito em sua manobra com aquiescência da Igreja Batista GeraVida Internacional", afirma o procurador.
Além da falta de competitividade na licitação, as investigações apontam indícios de superfaturamento e desvio de verbas. O valor total do convênio é de cerca de 1,2 milhão de reais.
Na recomendação, o MPF pede a suspensão dos repasses e requisita a realização de uma análise técnica por servidores do Ministério do Esporte para apurar a ocorrência de eventual superfaturamento nos preços praticados pela Panificadora Mega Pão.
Ou seja, estamos falando mais uma vez de um acusado de desvio de verbas do ministério.  É ele a fonte dessa nova denúncia.  E pouco importa que seja pastor evangélico: ao contrário do que quer fazer parecer a reportagem, ser pastor, nesse caso, não contribui para manutenção da credibilidade da denúncia.  Denunciante e sua igreja estão envolvidos em falcatruas com dinheiro público.
Castro diz na matéria da Folha que tudo isso foi retaliação por ter se recusado a pagar propina.  E mais uma vez nenhum nome ou documento é apresentado:
Filiado ao PP, Castro afirmou que sofreu retaliação por não ter pago a propina exigida. "Na hora da prestação de contas [do convênio], houve dificuldade porque evidentemente não houve propina."O Ministério Público Federal acusa a igreja de ter cometido irregularidades numa licitação aberta para compra de merenda e cobra a devolução do dinheiro do convênio. Foi só depois disso que o ministério decidiu reprovar as contas da entidade. "Era uma forma de eles tirarem o corpo fora", disse o pastor.
Quem é o pastor David Castro?  Não sei bem, mas o vídeo a seguir pode nos dar uma pista:



E quem é o deputado Brunelli, a quem a igreja e o pastor tanto devem?





É preciso dizer algo a mais?

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