#OcupaUSP: Sem luz, água e Internet, justiça deu prazo até às 17 h para estudantes deixarem reitoria
Os manifestantes não assinaram os documentos levados pelo oficial de justiça. "Eles têm o direito de não assinar, mas a partir do momento em que eu li a notificação, eles estão oficialmente notificados", afirmou.
A USP não descarta o uso da PM para fazer cumprir a reintegração de posse da reitoria, ocupada desde a madrugada do dia 2 de novembro. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, a "preferência é [que seja resolvida a saída] na base do diálogo".
A tropa de choque é "uma das opções" no planejamento e "já preparada e de prontidão caso seja necessário o emprego dela", segundo coronel Marcos Chaves, comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital) em entrevista à rádio Estadão ESPN na manhã desta sexta.
Segundo o comandante, a expectativa é de que os estudantes façam uma "desocupação pacífica".
Segundo o movimento OcupaUSP, a decisão de ocupar a reitoria foi tomada pela maioria dos cerca de mil e cem estudantes que participaram da assembleia geral na madrugada da terça para quarta: "Não somos a favor dos assaltos, dos estupros e dos assassinatos: só temos o discernimento de que a Polícia Militar - a mais violenta do mundo - não representa esse ideal de segurança. (...) Existe aqui uma série de estudantes independentes, construindo conjuntamente com entidades e organizações comprometidas com o fim do convênio PM-Reitoria e com a extinção dos processos criminais a manifestantes".
A manifestação, conforme nota, é apoiada pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a Associação de Professores da PUC, o CA da Escola de Comunicação e Artes da USP, o Núcleo de Consciência Negra, os estudantes em greve da Unicamp e o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).
A tropa de choque é "uma das opções" no planejamento e "já preparada e de prontidão caso seja necessário o emprego dela", segundo coronel Marcos Chaves, comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital) em entrevista à rádio Estadão ESPN na manhã desta sexta.
Segundo o comandante, a expectativa é de que os estudantes façam uma "desocupação pacífica".
Segundo o movimento OcupaUSP, a decisão de ocupar a reitoria foi tomada pela maioria dos cerca de mil e cem estudantes que participaram da assembleia geral na madrugada da terça para quarta: "Não somos a favor dos assaltos, dos estupros e dos assassinatos: só temos o discernimento de que a Polícia Militar - a mais violenta do mundo - não representa esse ideal de segurança. (...) Existe aqui uma série de estudantes independentes, construindo conjuntamente com entidades e organizações comprometidas com o fim do convênio PM-Reitoria e com a extinção dos processos criminais a manifestantes".
A manifestação, conforme nota, é apoiada pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a Associação de Professores da PUC, o CA da Escola de Comunicação e Artes da USP, o Núcleo de Consciência Negra, os estudantes em greve da Unicamp e o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).
Na manhã da sexta-feira (04), a USP havia cortado luz e Internet do prédio da reitoria. O fornecimento de água foi cortado na noite de sexta. Por volta das 20h, a energia elétrica foi reestabelecida com o uso de um gerador doado à ocupação.
Os problemas no texto da Folha/UOL
Os problemas no texto da Folha/UOL
Além da disputa discursiva pelo uso dos termos relacionados à invasão - em vez de ocupação -, com o tempo vamos descobrindo outros problemas no texto da Folha/UOL.
Por exemplo, a confusão a respeito das notas oficiais divulgadas pelo movimento de ocupação da reitoria da USP. Só um exemplo a título de ilustração.
Diz o texto do UOL hoje:
No comunicado oficial do OcupaUSP, a decisão da invasão foi deliberada em assembleia geral dos estudantes por 448 votos a 559.
O que dizia a nota do movimento?
Essa ocupação é uma continuidade da ocupação da Administração da FFLCH, que será desocupada como deliberado democraticamente nessa mesma assembleia por 448 votos contra e 559 a favor da desocupação.
Os estudantes informam que após a decisão sobre a desocupação da FFLCH, a mesa que dirigia a assembleia tentou dissolvê-la. No entanto, cerca de 700 estudantes permaneceram na assembleia e deliberaram ocupar o prédio da reitoria. Ocupação que tem apoios de diversas entidades representativas no ambiente da USP.
Outro problema do texto do UOL está na retranca com o histórico do conflito. Publicada inicialmente no sábado passado, o texto traz uma tentativa de atacar a esquerda e criminalizá-la no mesmo contexto:
Os estudantes gritavam palavras de ordem contra a presença da polícia e exibiam livros de autores de esquerda como forma de protesto.
Reivindicações
Os estudantes têm uma pauta ousada e bem definida.
Os estudantes têm uma pauta ousada e bem definida.
* Revogação do convênio USP-PM! Fora PM!
* Fim dos processos e perseguições contra estudantes, professores e funcionários!
Também foi aprovado:
* Indicativo de greve para ser discutido nas assembleias de curso;
* Indicativo de paralisação das aulas no dia do ato na próxima reunião do Conselho Universitário (C.O.)-, que será realizada na próxima terça-feira, dia 08/11;
* Comissão de negociação formada por 6 estudantes, eleitos pela assembleia, 2 professores e 2 funcionários;
* Comitê de mobilização.
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