O advogado argumentou que o juiz Walter Nunes da Silva Júnior estava afastado da jurisdição quando proferiu a sentença. À época, o referido juiz havia sido convocado pelo Superior Tribunal de Justiça para oficiar como juiz auxiliar. A desembargadora acatou o pedido e, por unanimidade, tanto o processo quanto a condenação dos envolvidos foram anulados. O processo, porém, retornará à 2ª Vara da Fazenda Federal para ser novamente analisado. Com isto, uma nova sentença aos acusados será proferida.
A Operação Paraíso foi feita pela Polícia Federal no início do mês de maio de 2007. Com mandados de prisão e de busca e apreensão, foi descoberto que no Rio Grande do Norte atuava um grupo criminoso da Noruega, com envolvimento na quadrilha nórdico-paquistanesa B-Gang. Os criminosos aplicaram dinheiro de origem ilícita em imóveis e empreendimentos turísticos no Rio Grande do Norte. O dinheiro era conseguido em ações criminosas realizadas pela facção, que agia em seqüestros, tráfico de drogas, extorsão, roubos e homicídios. Foram denunciados pelo Ministério Público Federal 30 pessoas, inclusive o líder da quadrilha conhecida como B-Gang, Ghullam Abbas. Em 2009, foram condenados três brasileiros e três noruegueses pelo crime de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha.
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