Operação Sinal Fechado: Braço operacional segue preso

Na Tribuna do Norte

A juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, da 6ª vara Criminal de Natal, decidiu converter em preventivas as prisões temporárias das cinco pessoas presas na operação Sinal Fechado. De acordo com o texto da decisão, Edson Cézar Cavalcante Silva, Fabiano Lindemberg Santos Romeiro, Caio Biagio Zuliani, Nilton José de Meira e Flavio Ganem Grillo são o "braço operacional do esquema fraudulento" investigado pelo Ministério Público Estadual.

Esses cinco se juntam a George Anderson Olímpio da Silveira, Marcus Vinícius Furtado da Cunha, Alcides Fernandes Barbosa e Carlos Alberto Zafred Marcelino (este último ainda foragido), que já tinham as prisões preventivas decretadas pela Justiça.

Os demais envolvidos serão soltos a partir da assinatura do alvará de soltura. Um deles já foi beneficiado: o empresário José Gilmar de Carvalho Lopes.

Na decisão, a juíza Emanuella Cristina justificou o porquê de converter as prisões temporárias de Edson Cézar Cavalcante Silva, Fabiano Lindemberg Santos Romeiro, Caio Biagio Zuliani, Nilton José de Meira e Flavio Ganem Grillo em preventivas:

"Esses cinco indivíduos constituem o braço operacional do esquema fraudulento instalado pelo grupo, seja na frente relativa à inspeção veicular, seja na frente voltada ao registro dos contratos de alienação fiduciária e leasing de veículos, e as suas colocações em liberdade podem, sim, constituir um grave risco para a continuidade da atividade delitiva, e via de consequência, para a ordem pública.

É que exsurgem indícios de que mais uma vez a empresa "Planet Business" das pessoas de Nilton e Flávio se colocava para conseguir sucesso na licitação que estava para acontecer ao final do mês passado no órgão estadual de trânsito para a continuidade do lucrativo contrato para a execução do serviço de registro de gravame.

Além disso, a conexão do implemento da empreitada no Rio Grande do Norte se dava através não apenas da pessoa de George Olímpio, cuja prisão preventiva já fora decretada anteriormente, mas também com a participação efetiva de seus "braços direitos" Caio e Fabiano.

Quanto a Edson Cézar Cavalcante Silva é ele a principal força econômica do consórcio Inspar, tendo adiantado quantia vultosa em dinheiro para a corrupção de agentes públicos e remuneração da quadrilha, forjando tanto a licitação que culminou com a contratação do consórcio para o serviço de inspeção veicular, bem como dando condições para a consecução da mesma fraude em outras searas com a continuidade dos crimes".

A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (2). No começo da tarde, o Ministério Público Estadual havia recorrido à Justiça e pediu a conversão das prisões temporárias, que tem prazo de validade, em preventivas, cujo tempo de detenção é indeterminado, de 10 envolvidos (João Faustino Ferreira Neto, Carlos Theodorico de Carvalho Bezerra, José Gilmar de Carvalho Lopes, Caio Biagio Zuliani, Fabiano Lindemberg Santos Romeiro, Nilton José de Meira, Flávio Ganem Grillo, Edson Cézar Cavalcante Silva e Marco Aurélio Doninnelli Fernandes).

O primeiro alvará expedido foi em favor de José Gilmar de Carvalho Lopes, o Gilmar da Montana. Além dele, obtiveram relaxamento de prisão:  João Faustino Ferreira Neto, Carlos Theodorico de Carvalho Bezerra, Marco Aurélio Doninelli Fernandes, José Gilmar de Carvalho Lopes e Marcus Vinicius Saldanha Procópio.

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