Escândalo entre os batistas: O porquê de tanto silêncio

Recebi a informação hoje que a direção da igreja batista no RN decidiu não responder aos questionamentos sobre o processo que tenta vender o prédio onde funcionou o Colégio Americano Batista.  Não disseram o motivo, mas acho que responder às perguntas que fiz e enviei para o presidente da Convenção, Antônio Targino, e para o pastor da Primeira Igreja Batista de Natal, Edison Vicente. seria comprometedor de todo o processo - e poderia levâ-los a perder o apoio que ainda têm entre os fiéis.  Soubemos, inclusive, que o grupo resistente à venda na Primeira Igreja Batista é considerável, mas que sequer teriam sido convidados para participar da Assembleia no último dia 5.
As perguntas, cujas respostas julgo que seriam esclarecedoras, são as seguintes.  Pena que os pastores, de profetas de Deus resolveram ficar calados e não falar a verdade:


1) Se a assembléia em Mossoró aprovou a venda do prédio onde funcionou o Colégio Americano Batista, no Barro Vermelho, e a delegação para que a direção da convenção fizesse o negócio, por que a Convenção Batista Norte-riograndense convocou a assembléia extraordinária da semana passada?


2) A ata da reunião em Mossoró, que está datada de 2 de abril mesmo com a assembléia tendo ocorrido em maio, diz o seguinte:
A sessão é aprovada por mais trinta minutos. O Presidente Pr. Antônio de Araújo Targino dá uma palavra aos convencionais sobre a proposta do Conselho as CBNR para alienação de bens: após explicações sobre a necessidade da venda da propriedade do Colégio Americano Batista com o objetivo de construção da nova sede da Convenção do Seminário Batista. É apresentado um vídeo para os irmãos com planta do novo projeto da convenção. A proposta é colocada em discussão para o plenário. A Assembléia é prorrogada por mais 20 minutos. A assembléia é prorrogada por mais 20 minutos. A assembléia é prorrogada por mais 10 minutos. A proposta foi posta em votação com 137 mensageiros presentes no plenário. Oração feita antes pelo irmão Aurimar Alves. Posto em votação a proposta foi aprovada com o seguinte resultado: 105 (cento e cinco) votos a favor, contrários 18 (dezoitos), 02 (duas) abstenções. Que fique registrado os nomes dos contrários a esta proposta que são: Pr. Joaquim Pinto de Mesquita Neto, Alderi Gondim Fernandes, Maria da Conceição, Kezia Ventura de Oliveira, Paulo Roberto Estevam, Elenilza Batista, Jerferson Gomes Penha. É lida a ordem do dia da próxima sessão pela secretária. Encerra-se a sessão. Eu, secretária, redigi esta ataque dato e assino junto com o presidente após aprovada. Leiliane Paiva Acioli do Nascimento. Secretária
Ou seja: nela não está registrada a delegação para que a direção da Convenção efetive o negócio. Além disso, fica claro que o assunto entrou em discussão no fim de uma sessão do último dia de convenção, com a presença de cerca de 55% dos mensageiros em plenário. Também está claro que há um problema na contagem dos presentes x votos. Foram esses os motivos que levaram a Record Engenharia a solicitar uma nova assembléia?

3) A interpretação que considero mais plausível para o artigo 30 do estatuto da convenção é de que ele prevê maioria qualificada no caso de votação para alienação de patrimônio, motivo pelo qual nos reunimos, segundo o edital de convocação, na quinta-feira passada. Se não é essa a interpretação, por que a mesa não respondeu a questão de ordem interposta durante o processo de votação a esse respeito? E por que o presidente não proclamou o resultado ao fim da assembléia?


4) Qual o motivo para o edital de convocação para a assembléia de quinta-feira (5) ter sido tirado do ar?


5) Se existe um projeto alternativo para o uso do espaço no Barro Vermelho, por que ele sequer foi considerado pela Convenção, inclusive para discutir sua viabilidade?

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