OAB, Cimi e SMDH comprovam ataque a acampamento Awá-Guajá

Por Rogério Tomaz Júnior
No blog Conexão Brasília Maranhão

Segue notícia do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), entidade vinculada à CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) com décadas de acompanhamento e apoio às lutas indígenas no Brasil.

Esse fato, comprovado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos (SMDH), joga na vala do descrédito o “relatório” do escritório regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Imperatriz (MA), documento que foi questionado aqui no blog na mesma noite em que foi divulgado.

E serve de lição às pessoas – inclusive de esquerda e defensoras de direitos humanos – que duvidaram da veracidade da denúncia dos indígenas de Arame (MA) divulgadas pelo jornal Vias de Fato e reproduzidas por este blog.

Continuo torcendo para que não tenha ocorrido o suposto assassinato dacriança Awá-Guajá. Porém, está mais uma vez comprovada a violência sistemática sofrida pelos povos indígenas, tema que é ignorado pela sociedade brasileira e, via de regra, desvalorizado pela mídia, inclusive pela mídia independente, de esquerda, progressista, libertária ou o dito cujo a quatro.

Parabéns ao Cimi, à OAB e à SMDH.

E que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal possam apurar todos os detahes dessse crime contra os Awá-Guajá.

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http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6045&action=read

Comissão composta por integrantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Sociedade Maranhense de Direitos Humanos comprova ataque ao grupo Awá-Guajá em situação de isolamento no interior da Terra Indígena Araribóia, município de Arame, Maranhão.

Todas as informações da expedição – fotos e imagens – serão apresentadas para a imprensa agora, às 11 horas (horário de Brasília), no auditório da sede da OAB/MA – Avenida Dr. Pedro Emanuel de Oliveira, nº 1, Bairro Calhau, São Luís do Maranhão.

Os membros da comissão adentraram à floresta e chegaram ao local da denúncia feita em novembro do ano passado para a Fundação Nacional do Índio (Funai), onde encontraram o acampamento destruído e as marcas da presença de madeireiros: clarões de mata derrubada, marcas de pneu esteira na terra, árvores marcadas.

“Foram seis horas de caminhada e quando chegamos ao local de coleta de mel e caça dos indígenas já avistamos árvores marcadas para o corte. Depois, o acampamento destruído”, conta Rosimeire Diniz, missionária do Cimi e integrante da Comissão.

Outras informações com a Assessoria de Imprensa do Cimi: (61) 2106-1670 ou (61) 9979-6912.

Renato Santana
Jornalista – Cimi
Porantim
(61) 2106-1650
(61) 9979-6912

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