Se levarmos em conta que Guedes já se prestou ao papel de defesa prévia de envolvidos pela investigação, o que publica serve apenas para despistar ou criar confusão. Ou não: teríamos um terceiro desembargador envolvido na Sinal Fechado?O que mais chamou atenção nos corredores do tribunal, porém, foi o que servidores catalogaram como sujeito oculto na sessão. Seria um conflito que vinha opondo Judite e Godeiro havia dias, e não por conta dos muitos milhões dos precatórios, e sim devido a menos de trinta mil reais dos contribuintes. Seria o veto que ela opôs, como presidente da corte e sucessora imediata de Godeiro no cargo, ao pagamento, pelo tribunal, das despesas de uma viagem que o colega, na companhia de dois outros juízes, fez recentemente, pelo Caribe, a pretexto de participar a bordo de transatlântico de um curso ligado às ciências jurídicas.
Judite Monte, que a sociedade potiguar passou a admirar ainda mais pela firmeza com que vem conduzindo o tribunal no enfrentamento de irregularidades, a despeito de cascas de banana aqui e ali jogadas à sua frente, ou talvez principalmente porque tem conseguido se esquivar delas, não levou em consideração o fato de também estar no transatlântico alguém que os desembargadores poderão ser chamados muito em breve a julgar, o empresário Gilmar de Carvalho Lopes, o "Gilmar da Montana", indiciado que se destaca entre os presos de poucos meses atrás pela operação "Sinal Fechado". Afinal de contas, ambos são vizinhos e foi a Gilmar que Godeiro comprou o apartamento do edifício João Olimpio Filho, onde mora, na descida da avenida Deodoro rumo à avenida General Cordeiro de Faria, casamento de Cidade Alta e Ribeira.
Alertado por tweets do jornalista Dinarte Assunção, pincei o trecho abaixo de post de Roberto Guedes no Portal NoMinuto, tratando acerca de três temas: precatórios, a viagem de Rafael Godeiro e dois juízes pelo Caribe e seu relacionamento com Gilmar da Montana, denunciado pela Operação Sinal Fechado.
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