Operação da Polícia Federal chama atenção em Natal na manhã desta sexta-feira

Uma Operação da Polícia Federal, de combate a crime contra o sistema financeiro nacional, agitou a cidade nesta manhã.  Pelo menos dois endereços da ação, que ainda não foi esclarecida pela PF, remetem ao empresário Fabiano Alexandre de Pontes Silva, proprietário do Hotel Parque da Costeira, em que ocorreu o cumprimento de mandados, e também da Simbaúma Agropecuária, que aparece como proprietária de apartamento no Alto da Candelária, também visitado pela PF.
Imagino que a ação possa ter a ver com o empreendimento noticiado abaixo:
Pipa terá complexo de R$ 400 milhões Gazeta Mercantil, Maria Luíza, 05/dez

O grupo imobiliário espanhol Qualta já acertou o segundo investimento no Brasil. Após anunciar o projeto de R$ 1 bilhão em Pernambuco, o grupo vai investir R$ 400 milhões em um empreendimento misto de residência e hotelaria no município de Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, conhecido pelo vilarejo de Pipa. O complexo é fruto de parceria com a potiguar Sibaúma Agropecuária, empresa do Grupo Parque da Costeira, que administra um hotel de 330 apartamentos em Natal e detém participação em negócios do setor financeiro e alimentício.

A construção, a apenas 4 quilômetros do vilarejo de Pipa, será dividida em duas fases. A primeira prevê a construção de um hotel com 360 apartamentos, implementação prevista para março de 2008 já com licença para obras. "As unidades do condo-hotel também serão comercializadas. A área total de apartamentos é de 38 mil m, de frente para a praia, o que deve gerar uma venda de € 75 milhões", estima Rodrigo Lowndes, presidente da Qualta Resorts.

A bandeira do hotel ainda está sendo definida mas pode ser firmado acordo também com a jamaicana SuperClubs, que assume a operação do hotel da investidora em Pernambuco através da bandeira Breezes.

A segunda fase do empreendimento, que totaliza terreno de 3,2 milhões de m, será um condomínio residencial com 2,5 mil casas. Comercializadas ao preço médio de € 140 mil, o condomínio resultará em vendas da ordem de € 350 milhões. O volume total de vendas do empreendimento, portanto, é estimado em € 425 milhões - o triplo do investimento realizado.

Segunda residência

Qualta e Sibaúma querem aproveitar a atração que Pipa exerce em turistas estrangeiros - em uma visita ao município ouve-se mais inglês e francês do que o idioma nacional. Com 8,9 mil habitantes, Tibau do Sul tem PIB de R$ 43,12 milhões, grande parte proveniente do turismo. "Estimamos que as vendas do complexo sejam 70% para estrangeiros e 30% no mercado brasileiro", diz Lowndes.
O complexo terá o mesmo nome do empreendimento de Pernambuco, The Reef Club, estratégia para venda mais acelerada, conforme o executivo. "Já fizemos um esforço de divulgação da marca na Europa com o primeiro empreendimento, então vamos aproveitar esse reconhecimento que já existe no nome", conta o executivo.
Grupo Pestana investe mais

O grupo Pestana lançou ontem no Recife dois empreendimentos, com investimento total de R$ 170 milhões, em Pernambuco e na Bahia com a nova marca Pestana Residence, uma investida do grupo no mercado de segunda residência.

O primeiro é o Ipojuca Beach Resort, em Porto de Galinhas, no litoral sul do Estado e o segundo, o Pestana Bahia Lodge, ao lado do Pestana Salvador, no Rio Vermelho. O vice-presidente do grupo Pestana, José Roquette, prevê ainda um outro Pestana Residence em Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, ao lado do hotel Pestana já existente no local, que será um investimento para 2009 da ordem de R$ 40 milhões.

Ainda sem precisar os projetos finalizados e o valor definido, o executivo anunciou mais dois empreendimentos: um em São Luiz, no Maranhão, e na cidade de Beberibe, no Ceará. "Para mantermos a garantia dos serviços, para nós é fundamental que os Pestanas Residences funcionem ao lado dos hotéis Pestana", acrescenta Roquette.

Os novos investimentos, segundo ele, fazem parte da expansão do grupo no Brasil, onde está há dez anos. Embora identifique gargalos estruturais, como a malha aérea nacional, e circunstanciais, como a valorização do Real que torna o Brasil um destino mais caro, o grupo não se inibe em seu projeto de expansão no País. "Não podemos construir nossa política de investimentos se olharmos apenas esses fatores."

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