Sobre uma defesa de tese


O fim de semana foi muito corrido, tendo direito a casamentos e uma declaração de imposto de renda para terminar.  Logo, não consegui falar muito - ainda mais sobre a defesa de minha tese de doutorado na última sexta-feira (27).
Acompanhei algumas defesas no passado em que saia com uma frustrante sensação: de defesa aquele ritual não tinha nada.  Professores, algumas vezes, sugeriam caminhos alternativos de pesquisa (como se ali o doutorando estivesse se submetendo ainda à prévia qualificação) e o doutorando, por sua vez, não defendia qualquer escolha ou caminho que havia traçado.
Resolvi que iria defender meu trabalho.  Ele resumia uma trajetória de oito anos de pesquisa, leitura, reflexão, insights, análises - essas resumidas aos últimos três.  Se eu tracei o que caminho que tracei, com acertos e erros, ele tinha de ser defendido.
Obedeci várias vezes ao meu orientador, Adriano.  Desobedeci também.  Isso também teria que ficar claro.  A caminhada é conjunta e coletiva.  Sempre.
Os professores que participaram de minha banca toparam a parada do debate.   E, com raras exceções em que não cabia debate, nós travamos um bom debate acadêmico.  Se eles me aprovaram, eu sai satisfeito porque nada foi feito sem discussão.
O texto da tese foi publicado pelo blog "Fatos e Dados".  Segue o link para quem quiser acessar: http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/wp-content/uploads/2009/11/A_argumentacao_como_estrategia_discursiva_na_midia_digital.pdf.
Agradeço a paciência e o apoio de todos.  Especialmente da família - em particular, Kênia, que até o sono perdeu.  Alice primeiro achou que seu pai viraria médico (afinal, para uma criança, doutor é médico).  Depois, professor.  Agora ela entende e diz, a quem pergunta, que seu pai é doutor.

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