#Caixa2doDEMnoRN: Caso não foi arquivado nem pelo MPE nem pelo MPF

Em entrevista ao Jornal de Hoje nesta quarta, o advogado Felipe Cortez, que atua na defesa da governadora Rosalba Ciarlini, do seu marido Carlos Augusto Rosado e do secretário-adjunto da Casa Civil Francisco Galbi Saldanha, afirmou que todos estão tranquilos. 
Segundo Felipe Cortez, o Ministério Público estadual e o Ministério Público Federal, que atual nas questões eleitorais, teriam arquivado a investigação por não terem encontrado nada de relevante.  Não foi isso que o MPE e o MPF informaram ao blog.
Em nota divulgada na quinta-feira passada, 24, o Ministério Público estadual disse que "diante do conteúdo de algumas gravações presentes nos relatórios do terminal de uma das pessoas interceptadas, o Juiz competente autor izou, como determina o art. 40 do Código de Processo Penal brasileiro, a remessa dos relatórios e áudios a outros órgãos do Ministério Público com atribuição para apurar outros possíveis ilícitos sem conexão com o homicídio investigado. Alguns desses áudios foram remetidos ao Procurador Geral da República, a quem cabe, se for o caso, esclarecer os encaminhamentos ulteriores adotados".  Ou seja, não houve arquivamento.
Na segunda-feira, 28, conversei com a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal.  A assessoria informou que, mesmo se tratando de ação eleitoral, o assunto, quando recebido pelo Ministério Público eleitoral no RN, foi inteiramente encaminhado para a Procuradoria Geral da República, por se referir a três personagens com foro especial.  Até porque fica ligado ao Procurador Geral da República a Procuradoria Geral Elei toral que, se fosse o caso, poderia ajuizar a questão.  No âmbito no MPF, portanto, não houve arquivamento.
Desde a segunda-feira estou em contato com a Assessoria de Imprensa da Procuradoria Geral da República.  A Assessoria não havia ainda conseguido informações sobre o caso.  Na pesquisa no sistema interno não foram encontradas informações.  O que pode significar que o caso corre em sigilo.  A consulta foi repassada para a mesma subprocuradora que é responsável pelas investigações da Operação Sinal Fechado.  Não há confirmação de arquivamento.
Sugiro aos colegas do Jornal de Hoje que façam o mesmo caminho de consultas aos órgãos ministeriais - lembrando que, conforme publiquei aqui, o caso só prescreverá em 2018.

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