#ForaMicarla: Sobre os ataques do secretário a @alissoncal

Há uma geração de bons e corajosos jornalistas que movimentam o campo midiático no RN.  Dentre eles está meu amigo Alisson Almeida.
Conheço Alisson há alguns anos.  Tendo feito faculdade um pouco depois da idade em que é comum está na universidade, Alisson foi estagiário de um jornal evangélico da cidade, que eu editava, mesmo sendo mais velho que eu.  Depois Alisson editou o jornal.
Teve experiência na Central Única das Favelas (CUFA) e atuou na equipe de comunicação de Micarla de Sousa quando ela era deputada estadual.  Fez parte, por algum tempo, da equipe de campanha de Micarla - até que percebeu que não poderia mais participar da construção da tragédia e rompeu com a candidata.
De lá para cá, Alisson tem sido alvo - ainda que na surdina - do grupo micarlista.  Que tem conseguido, inclusive, fechar portas profissionais para ele.  O ponto culminante de violência se deu quando um secretário da gestão desferiu-lhe um soco em plena praça pública.
Alisson tem um dos melhores textos do atual jornalismo potiguar.  Você pode lê-lo aqui, em seu blog.  Na sua caminhada profissional e política amealhou admiradores e adversários.
Um desses adversários entrevistou o secretário-chefe da Casa Civil do município, delegado Heráclito Noé, para O Poti de hoje.  No fim da entrevista, uma pergunta sobre uma afirmação atribuída a Noé acerca de R$ 500 milhões que a prefeitura teria para garantir a reeleição de Micarla.  A notícia foi publicada na capa de O Jornal de Hoje e repercutida por Alisson em seu blog.  Como resposta, Noé atacou o jornalista-blogueiro, chamando-o de irresponsável.  Aliás, disse que o próprio nome do blog, "Embolando Palavras", seria prova de sua falta de credibilidade.
Acho que a gente pode medir a credibilidade de alguém em momentos assim.  Noé representa um governo que convive com uma desaprovação popular da ordem de 90%.  Apesar disso, Noé disse que nunca viu nenhuma manifestação de rua contra Micarla.  Talvez tenha se esquecido de que, quando estava no mandato de vereador, a Câmara permaneceu ocupada por onze dias.  Representar um governo assim denota credibilidade?
Por outro lado, interessante ver os apoios que Alisson conseguiu após o ataque do secretário.  Não vou citá-los aqui, mas os que eu vi representam a credibilidade que falta à gestão.  Credibilidade que sobra ao jornalista.

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