Policial espanca violentamente estudante em ônibus de Natal

Quem tiver informações que possam ajudar a identificar este crápula, por favor deixe comentários aí.


Por Antonino Condorelli
Via Facebook

Hoje testemunhei cenas lastimáveis em Natal. Estava no ônibus da linha 46, que peguei na Av. Hermes da Fonseca em direção Ponta Negra. Quatro filas de cadeiras estavam ocupadas por pré-adolescentes de algum colégio de Petrópolis, que estavam fazendo muita bagunça. Outro ônibus passou do lado do 46 e alguns dos moleques jogaram bolinhas de papel em passageiros do veículo vizinho, fechando logo em seguida as janelas e se abaixando para não serem vistos, rindo divertidos pela "bravata" realizada. Vários passageiros do 46 estavam visivelmente incomodados com a atitude dos rapazes. Na parada logo após o Nordestão da Av. Salgado Filho, o ônibus dos passageiros atiungidos pelas bolinhas dos rapazes parou em frente ao 46, um energúmeno desceu, gritou para o motorista do ônibus em que eu estava que abrisse por trás imediatamente ostentando uma carteira de policial, entrou, foi para a cadeira de um dos rapazes - um loirinho franzinho, branquelo, de óculos e cheio de sardas, com cara de nerd, que não devia ter mais de 12 anos, provavelmente menos - e o espancou violentamente na frente de todos os passageiros aterrorizados, paralizados pela surpresa e pelo medo (eu incluido). Alguém protestou, gritando que bater em crianças é contra a lei, e o brutamonte berrou: "Todo o mundo calado, sou policial! Quem quiser apanhar também é só abrir a boca". Ostentou mais uma vez sua carteira de "defensor da lei", logo depois desceu e mandou o motorista ir embora. Foi só o ônibus sair da parada do Nordestão que começou um alvouroço que durou quase todo o trajeto que percorri: passageiros indignados xingaram o motorista porque não deveria ter aberto a porta para o energúmeno; outros desabafaram contra a covardia do espancador e a brutalidade da polícia, equiparando-a à dos bandidos (com toda razão); outros manifestando solidariedade com o menino espancado e com seus coleguinhgas (nessa hora a raiva pelas presepadas e a bagunça que eles estavam fazendo antes do episódio acontecer tinham sumido completamente); outros ainda aconselharam os rapazes a tirarem uma foto do motorista com seus celulares para denunciá-lo... Os ânimos só se apaziguaram na altura do Cidade Jardim, depois que os rapazes tinham descido no Natal Shopping e os poucos passageiros testemunhas daquela brutalidade que ainda estavam no ônibus - menos eu e um par de outros - desceram também.

Comentários