BG, Fialho e os erros de português...

Desnecessária a referência a Pasquale Cipro Neto, que representa o que de pior existe nos estudos da linguagem.  A língua portuguesa não é complexa.  É a língua que falamos e aprendemos desde a primeira idade em países como o Brasil.  Quem torna tudo complexo são gramáticos da estirpe de Pasquale.  Somente para eles faz sentido tratar certas práticas linguísticas como erro.  Língua não é gramática, não se resolve na norma culta. 
Outra afirmação de BG me fez lembrar o que sabemos no campo do jornalismo: quem entende de verdade dos fatos é gastroenterologista. Jornalismo é contar estórias, não se relaciona à verdade dos fatos. Ou melhor: se relaciona só de leve, sob a perspectiva do discurso e dos posicionamentos ideológicos.  As intenções que todos temos quando escrevemos ou falamos. 

Por Bruno Giovanni
No Blog do BG



Bom dia caros leitores e leitoras,

Eu confesso: sempre fui muito, muito ruim em português.

Esta foi a disciplina onde mais levei “pau” no colégio.

Quando decidi criar e manter este blog, uma das coisas que mais me fizeram pensar antes de iniciar foi a qualidade da minha escrita.

Não é boa a qualidade da minha escrita, eu nunca neguei isso.

Aliás, em vários posts ao longo deste vitorioso ano do blog, assumi publicamente a minha deficiência gramatical e a minha pobreza linguística.

Muitas vezes, chego mesmo a brincar e a ironizar meus erros de português, alguns crassos, confesso. Mas confesso também que não paro de tentar melhorar. Dia após dia, post após post, pois se assim não fosse, estaria eu condenado a errar sempre, e isso eu não quero para mim e não quero, principalmente, para você, meu amigo leitor, minha amiga leitora, que todos os dias me honram aqui com sua audiência, a despeito de alguns erros aqui e acolá.

Eu não fujo à responsabilidade de tentar evoluir e acho, sinceramente, que melhoramos ao longo dos meses. Ponto, parágrafo.

Se formos procurar erros de português em textos jornalísticos, me desculpem os milhares de sérios e competentes jornalistas deste Brasil, acharemos pequenos esquecimentos em boa parte dos artigos e matérias escritos neste país.

A nossa língua portuguesa, como já dizia o professor Pasquale, é por demais complexa.

Alguém duvida disso?

Mas eu não pego uma lupa e saio atrás de achar erros de português em textos de colunistas e jornalistas. E sabe por que? Porque este não é o objetivo do Blog do BG, esta não é minha função. Minha função é informar.

É lógico que o português bem escrito, corretamente escrito, é muito importante, quase fundamental. Eu sei disso e que não se pode desprezar a importância do escrever bem.

Mas o que me estimula mesmo amigos, amigas, é o tal do conteúdo, que somado ao furo jornalístico e à verdade dos fatos, alimentam meu blog diariamente. E deve estar funcionando. Basta ver os números, nem preciso comentar. Ponto, parágrafo novamente.

Mas eu pergunto: por que ironizar meus erros de português?

Por que multiplicar e mostrar a terceiros meus erros de português?

Por que não enviar um e-mail diretamente a mim, contendo críticas construtivas?

Por que tantas críticas, ainda mais quando estas críticas vêm do ilustre escritor, jornalista, publicitário e intelectual, que se auto intitula um jovem escriba, o senhor Carlos Fialho?

Sabe o que fica parecendo caro Fialho? Inveja.

Você disse em sua coluna publicada hoje no Novo Jornal que os jornalistas Ênio Sinedino, Rilder Medeiros e Paulo Araújo foram solidários a mim e que eles acham que você foi venenoso. Será que é por isso que muita gente no mercado também acha você um cara venenoso? Por que chamar a jornalista Thaisa Galvão de nomes pejorativos? E por que não citar os nomes diretamente e se valer de indiretas?

Quem fez mal ao consagrado escritor e beste seller Carlos Fialho?

Será o caso de tratamento psiquiátrico?

Se for, procure um terapeuta urgente. Isso não faz mal algum. Hoje em dia, quem vai a terapeuta não é maluco. Vai-se a um terapeuta, psiquiatra para esclarecer as ideias, deitado lá no divã. Isso pode ajudar você a sossegar seu coração e a produzir coisas mais importantes do que destilar o seu veneno num português correto.

Bom, era isso, caros leitores e leitoras, e caro escritor consagrado Carlos Fialho, cujo sobrenome ensejaria até um certo trocadilho, que deixo sob a imaginação dos meus milhares de leitores amigos.

No mais, estou tão feliz que você tenha citado meu blog em sua coluna, que não posso deixar de concluir, antes de reproduzir sua coluna de hoje: no Rio Grande do Norte, depois de Câmara Cascudo, só tem você, escritor Carlos Fialho.

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