Na última quinta-feira, o vereador Júlio Protássio (PSB) apresentou o pedido de impeachment da prefeita Micarla de Sousa (PV).
Esse fato é muito sintomático. Por vários motivos.
Lembro-me que ano passado, durante a ocupação da Câmara Municipal, Júlio Protássio jogou um papel dúbio. Atuou como líder do PSB na tentativa de alcançar um acordo entre os manifestantes e a prefeitura/presidência da casa. Mas em vários momentos não se esqueceu que representava Micarla como membro de sua bancada de apoio. O fato de ser ele (na verdade, uma de suas assessoras) a apresentar o pedido é, por si só, sintomático. Ao seu lado, um outro ex-micarlista do PSB, Franklin Capistrano.
Será que Micarla será cassada?
Acho que as movimentações de antigos membros de sua bancada, incluindo a informação de que mesmo o líder Enildo Alves, haviam concordado com a abertura do processo, indicam que sim. Mesmo que depois Enildo tenha voltado ateás.
Por que acho que os ex-micarlistas recuaram da defesa da prefeita e menos de um ano depois podem dar abertura ao processo de cassação de Micarla?
Porque as investigações da Operação Assepsia chegaram muito fundo nos esquemas da gestão municipal, com uma proximidade muito intensa da própria prefeita Micarla de Sousa, incluindo ações condundentes, como a prisão do secretário de planejamento, do ex-secretário de saúde e as fortes suspeitas apontadas contra o ex-procurador geral do município e a então secretária de saúde - que foi afastada pela justiça e substituída pela prefeita.
A maior parte das provas foram coletadas em 2011. O telefone de Bruno Macedo estava interceptado (eu queria ouvir as conversas do período de ocupação da Câmara!) e deve ter flagrado conversas suas com a prefeita. E se as conversas comprometem a gestora? E se outros membros de sua base tiverem envolvimento em ações pouco republicanas? Será que houve abertura de procedimento investigativo contra Micarla por parte do Procurador Geral de Justiça?
Como ninguém sabe ao certo o teor dessas respostas e a extensão das investigações sobre a gestão municipal, acho que Micarla vai ser cassada. Quem tiver culpa no cartório vai entregar Micarla. Chegou-se muito perto dos agentes dessa máfia e, como em toda máfia, vão entregar alguém para preservar os esquemas. Essa é a hora de sacrificar a prefeita para que os olhos da opinião pública se desloquem e os demais envolvidos possam sair ilesos de tudo isso. Pelo menos é isso que eles esperam - para isso, derrubarão a prefeita.
Esse fato é muito sintomático. Por vários motivos.
Lembro-me que ano passado, durante a ocupação da Câmara Municipal, Júlio Protássio jogou um papel dúbio. Atuou como líder do PSB na tentativa de alcançar um acordo entre os manifestantes e a prefeitura/presidência da casa. Mas em vários momentos não se esqueceu que representava Micarla como membro de sua bancada de apoio. O fato de ser ele (na verdade, uma de suas assessoras) a apresentar o pedido é, por si só, sintomático. Ao seu lado, um outro ex-micarlista do PSB, Franklin Capistrano.
Será que Micarla será cassada?
Acho que as movimentações de antigos membros de sua bancada, incluindo a informação de que mesmo o líder Enildo Alves, haviam concordado com a abertura do processo, indicam que sim. Mesmo que depois Enildo tenha voltado ateás.
Por que acho que os ex-micarlistas recuaram da defesa da prefeita e menos de um ano depois podem dar abertura ao processo de cassação de Micarla?
Porque as investigações da Operação Assepsia chegaram muito fundo nos esquemas da gestão municipal, com uma proximidade muito intensa da própria prefeita Micarla de Sousa, incluindo ações condundentes, como a prisão do secretário de planejamento, do ex-secretário de saúde e as fortes suspeitas apontadas contra o ex-procurador geral do município e a então secretária de saúde - que foi afastada pela justiça e substituída pela prefeita.
A maior parte das provas foram coletadas em 2011. O telefone de Bruno Macedo estava interceptado (eu queria ouvir as conversas do período de ocupação da Câmara!) e deve ter flagrado conversas suas com a prefeita. E se as conversas comprometem a gestora? E se outros membros de sua base tiverem envolvimento em ações pouco republicanas? Será que houve abertura de procedimento investigativo contra Micarla por parte do Procurador Geral de Justiça?
Como ninguém sabe ao certo o teor dessas respostas e a extensão das investigações sobre a gestão municipal, acho que Micarla vai ser cassada. Quem tiver culpa no cartório vai entregar Micarla. Chegou-se muito perto dos agentes dessa máfia e, como em toda máfia, vão entregar alguém para preservar os esquemas. Essa é a hora de sacrificar a prefeita para que os olhos da opinião pública se desloquem e os demais envolvidos possam sair ilesos de tudo isso. Pelo menos é isso que eles esperam - para isso, derrubarão a prefeita.
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