Operação Assepsia: MP havia pedido cancelamento de contrato do governo com Marca

Do site de Mineiro

Dois dias antes da deflagração da Operação Assepsia, o Ministério Público Estadual havia recomendado ao Governo do Estado que anulasse o contrato com a Associação Marca para administrar o Hospital da Mulher. O pedido foi divulgado no dia 25 deste mês e foi protocolado pela promotoria da saúde da comarca de Mossoró.

A recomendação foi ignorada pelo Governo. O contrato entre o executivo estadual e a Associação Marca foi de R$ 16 milhões para seis meses. Até junho deste ano, mais de R$ 10 milhões foram pagos para a Marca, um dos principais alvos da Operação Assepsia, que investiga desvios de recursos públicos na saúde.

Mesmo com flagrantes indícios de irregularidades, o Governo só decidiu auditar o contrato depois que a Operação foi deflagrada e que foi divulgado que o procurador Alexandre Magno Alves, chefe do suposto esquema de desvio na prefeitura, atuou como um conselheiro da Sesap orientando o governo Rosalba Ciarlini nas terceirizações da saúde. 

Desde março deste ano, quando o contrato com a Associação Marca foi firmado, o deputado Fernando Mineiro vem denunciando irregularidades, além de se opor a iniciativa de privatizar a gestão pública da saúde.

O parlamentar chegou a realizar uma audiência pública sobre o Hospital da Mulher e ouviu insatisfação de vários setores da sociedade com a Associação Marca.

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