Operação Assepsia: Uma gestão que tinha medo de ser investigada

Em junho do ano passado estudantes, militantes sociais e cidadãos ocuparam a Câmara Municipal de Natal por 11 dias.
Naquele período, o personagem da gestão que mais se pôs no fogo para impedir a investigação dos contratos por meio de uma CEI foi o presidente da Câmara, Edivan Martins (PV).  Aquele mesmo a quem Carlos Augusto Rosado diz que vai dar R$ 50 mil nas gravações do #Caixa2doDEMnoRN.
Lembro que conversava com algumas pessoas do mundo político e do mundo do direito, analisando as ações de Edivan durante a ocupação, e a gente concluía que para o presidente colocar em xeque sua história e carreira política, o que poderia ser encontrado em uma investigação havia de ser muito grave.
A Operação Assepsia mostra o quanto a impressão estava correta.
Mas um outro personagem sinalizou o fracasso da gestão Micarla no episódio: o então Procurador Geral do Município, Bruno Macedo.  Bruno foi derrotado no STJ por ter cometido um erro crasso: apresentou o remédio jurídico errado para tentar desinstalar o acampamento Primavera Sem Borboleta da Câmara Municipal.  Foi derrotado por um grupo de estudantes de direito, acompanhados pelo advogado Daniel Pessoa.
Agora, pouco mais de um ano depois, descobrisse o protagonismo de Bruno Macedo no esquema denunciado pela Operação Assepsia.  A peça inicial do Ministério Público deixa claro que a ação do procurador municipal foragido, Alexandre Magno Alves de Souza, se dava em articulação com o seu chefe, Bruno Macedo.  Mas sobre Bruno falo no próximo post.
No fim desse post queria lembrar um fato.  Era uma tarde de quinta-feira (16.06.2011) quando cheguei à Câmara ocupada e dei de cara com fotos mostrando a retirada de diversos documentos do gabinete da presidência da Casa.  A ação, suspeita, nunca foi explicada.  Que documentos eram esses?







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