Operação é deflagrada para impedir destruição de provas em ONG evangélica

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Na manhã desta segunda (18), policiais da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) deram continuidade à Operação Hofini, que resultou na prisão do ex-deputado distrital Júnior Brunelli (sem partido) e cumpriram mandados de busca e apreensão em três regiões do DF. Foram recolhidos documentos e computadores que teriam sido escondidos após a prisão de Brunelli. A polícia recebeu uma denúncia de que havia a intenção de destruir provas pue poderiam incriminar ainda mais os suspeitos.

Segundo Henry Lopes, delegado da Deco dois dos mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Colônia Agrícola Samambaia e Recanto das Emas e em uma das casas, no Areal, o suspeito teria mudado sem informar à polícia o novo endereço. "Recebemos denúncias anônimas de que, nas casas dos presos, algumas pessoas estariam acabando com as provas, destruindo o que poderia incriminar ainda mais os suspeitos. Elas queriam esconder objetos relacionados às investigações", disse Henry.

O delegado afirmou que os documentos e computadores teriam sido escondidos por duas mulheres, nove dias após ser deflagrada a Operação Hofini. A suspeita é de que iriam destruir informações, que comprometem Brunelli ainda mais. Os objetos teriam sido levados para a sede do seminário da Igreja Tabernáculo do Evangelho de Jesus (Itej), no Recanto das Emas.

Operação Hofini - No dia 25 de maio, a polícia prendeu o assessor Adilson de Oliveira, 46 anos, o contador Carlos Antônio Carneiro, 41, e o empresário Spartacus Savite, 39 e Brunelli ficou foragido durante dois dias, até se apresentar (+aqui e aqui). Além dos quatro indiciados pela Deco quando a Operação foi deflagrada, três mulheres responderão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e formação de quadrilha. Se condenados, os indiciados podem pegar até 30 anos de prisão. 

O grupo comandado por Brunelli é suspeito de ter usado a Associação Monte das Oliveiras (AMO) para desviar pelo menos R$ 1,7 milhão em verbas públicas, em 2009. Com as provas recolhidas, os pretendem reforçar a denúncia de que a AMO teria sido criada apenas para desvio de verba pública, através de emendas parlamentares.

O esquema - Em 2009, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Social e Transparência de Renda (Sedest) liberou R$ 1,7 milhão para a realização de quatro projetos sociais voltados a idosos na amo, que foi instalada nos fundos da igreja comandada pelo pai de Brunelli, a Catedral da Bênção. A verba nunca teria sido utilizado para o fim destinado. A polícia acusa o grupo de falsificar notas e fazer a lavagem do dinheiro para justificar os gastos da AMO.

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