Choro e ranger de dentes por causa do liseu que dizem as fontes oficiais existir nos cofres cujas chaves estão com a governadora Rosalba Ciarlini.
Titular de planejamento, Obery Rodrigues sugeriu que a Parcela Autônoma de Equivalência, o auxílio-paletó pago a membros da magistratura e Ministério Público, fosse suspenso.
A ideia provocou nota de repúdio da desembargadora Judite Nunes, que quer acabar com a GTNS dos servidores do Judiciário, mas, como é mesmo que ela diz, não tolera "tentar se estabelecer qualquer correlação entre o pagamento da PAE e eventuais dificuldades que tenha o Estado para efetuar o pagamento da folha do Executivo. São orçamentos distintos e valores totalmente diversos".
São distintos apenas formalmente. Mas na prática a fonte é uma só: os impostos extraídos do bolso do contribuinte.
Na briga ninguém se entende.
O governo diz indispor de dinheiro mas alocou R$ 10 milhões em crédito suplementar para a divulgação de programas governamentais.
Daí o Judiciário dizer que não tem nada a ver com o assunto.
Mais ou menos assim: tem para proganda mas não para pagar os servidores e quer tirar o nosso auxílio-paletó? Não vem que não tem...
Aí cada um argumenta a seu sabor.
"É pelos servidores", grita o Executivo de um lado.
"Mas os poderes são independente", esbraveja o Judiciário, do outro.
Nessa briga me pergunto por onde passa a cidadania desse povo.
Pelo bolso. Tão somente. E apenas.
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