"A política praticada com ética e correção deve ser estimulada", disse @jacojacome

Era 11 de setembro passado. O jornal era o Jornal de Hoje. A frase, que soa agora com ironia profunda, é de Jacó Jácome, vereador eleito pelo PMN com 20 anos de idade e flagrado na prática de crime eleitoral durante a eleição no último domingo. "A política praticada com ética e correção deve ser estimulada", disse o vereador eleito.

Se você ainda não sabe do que se trata: no domingo, o Ministério Público realizou busca e apreensão no posto Natal (esquina da Alexandrino de Alencar com Olinto Meira) e encontrou notas de combustível em nome de Jacó Jácome e outros candidatos - ainda não identificados. A prática é enquadrada como compra de votos e está previsto na Lei Eleitoral.

Segundo a matéria do Jornal de Hoje, publicada aqui, a implementação "de políticas públicas direcionadas para a juventude natalense através de programas de capacitação para jovens de baixa renda proporcionando oportunidades para entrada no mercado de trabalho e a defesa de ações governamentais voltadas para prevenção e enfrentamento às drogas, fazem parte dos projetos do presidente municipal do PMN, Jacó Jácome, candidato a vereador em Natal nas eleições municipais deste ano".

Evangélico e filho do deputado Antonio Jácome, Jacó explicou porque entrou na vida pública: ”Decidi entrar na política partidária disputando mandato de vereador por vocação e por entender que a política praticada com ética e correção deve ser estimulada. Vejo um exemplo dentro de casa com meu pai, Antonio Jácome, que é deputado estadual, realizando ações importantes voltadas para a comunidade. A partir daí tive a consciência da real importância do que significa entrar na vida pública para fazer o bem praticando uma política propositiva”, ressalta.

Jacó apoia Hermano Morais, do PMDB e candidato de Micarla. O vice de Hermano é seu tio Osório. Para Hermano, o vereador flagrado em ato de corrupção só tem elogios: “Hermano é um bom político, tem passado limpo e está credenciado para ser um bom prefeito".

Espero que ninguém venha usar a religião para defender Jacó. Afinal, além de eu mesmo ser evangélico (não como ele), a promotora responsável pelo caso também é.

Comentários

Ewerton Alípio disse…
"Espero que ninguém venha usar a religião para defender Jacó." Muito bem observado, caro progressista. E, acrescento eu, que ninguém venha usar Jacó para para atacar a religião.