Hermano Morais: o candidato que terminará menor

Independente do resultado das eleições de domingo - nas quais, tudo indica, será eleito novamente o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) -, Hermano Morais já é o grande derrotado dessas eleições.
Hermano sempre pareceu um político gente boa.
Ainda que sempre tenha manifestado sua prática fisiologista - que o fez migrar de partido em partido, passando pelo PSDB, PSB e PMDB -, a imagem de Hermano sempre foi positiva.
Ao fim dessa eleição, deixará de ser.  Hermano terminará a eleição menor.
Primeiro, por representar os interesses de Micarla de Sousa nas eleições - não apenas dos caciques de seu partido, os primos Henrique e Garibaldi Alves Filho.
O episódio do último fim de semana, envolvendo a folheteria homofóbica distribuída pela sua campanha nas proximidades das igrejas católicas e evangélicas de Natal, já havia sepultado a sua imagem.
O seu partido, o PMDB, articulou um golpe na justiça eleitoral que não beneficiaria nenhum candidato do partido, mas apenas o presidente da Câmara Edivan Martins (PV) e o ex-secretário de Micarla, Claudio Porpino (PSB).
A revelação de hoje não é nova, mas serviu para reduzir ainda mais sua estatura moral.  Trata-se do uso de adesivos falsos da candidatura de Fernando Mineiro (PT) na sua propaganda eleitoral, incluindo um release em que defende que eleitores dos candidatos derrotados no primeiro turno votam nele nesse segundo.  Eu não voto.
O próprio Mineiro destacou, entre outras coisas, que não havia escritos em amarelo em seu adesivo de campanha.
O cenário, portanto, é uma farsa.  Não são eleitores dos demais candidatos.  São militantes - pagos ou não - chamados para filmar e fotografar a cena.
Hermano terminará essa eleição em estatura moral reduzidíssima.

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