Aumenta pressão pela derrubada do texto do relator

No Brasil 247

O deputado petista Odair Cunha (MG) foi obrigado a adiar para esta quinta-feira a leitura final de seu relatório sobre o pedido de indiciamento de envolvidos no caso do esquema ilegal montado por Carlinhos Cachoeira. A inesperada citação de jornalistas, entre eles o redator-chefe da Veja Policarpo Junior, e recomendação de que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel seja investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) causou polêmica e dividiu os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Parte dos aliados deve se juntar a parlamentares da oposição e do chamado grupo de "independentes" para derrubar o pedido de indiciamento de Policarpo e a sugestão de investigação contra Gurgel.

No tumulto causado, mesmo os partidos aliados consideraram uma "vingança" do PT a inclusão do procurador-geral. Gurgel foi o responsável por defender a condenação de José Dirceu e José Genoino no escândalo do mensalão.

Integrantes do Ministério Público Federal também informaram que a decisão do relator da CPI do Cachoeira, de pedir o indiciamento de cinco jornalistas por suposto envolvimento no esquema de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, não vai prosperar se não houver fatos novos.

Em relatório, Cunha diz que é preciso apurar se Gurgel deixou de tomar providências para investigar em 2009 o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) mesmo diante de indícios levantados pela Operação Vegas da Polícia Federal.

Quanto a Policarpo, pediu o indiciamento do jornalista por suspeita de formação de quadrilha, sob a alegação das relações "constantes e permanentes" com Cachoeira.

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