Petrobras implementa pacote de redução de custos

Na última segunda-feira, 5, a Petrobras apresentou aos representantes dos empregados, por meio de seu gerente executivo de RH Diego Hernandes, o Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop).
O Procop foi dividido em três fases que se iniciaram em junho passado. As metas finais deverão ser divulgadas até o final desse ano juntamente com os respectivos responsáveis. A implementação das tais metas ocorrerá a partir de janeiro de 2013.

O Procop tem foco em três questões:

1) Financeiro: Aumento da geração de caixa;
2) Operacional: Aumento da Produtividade, ou seja, produzir mais gastando menos e;
3) Organizacional: Otimização dos custos, quer dizer, redução dos custos.
Algumas das medidas, que podem representar aumento do risco operacional da empresa e, consequentemente, séria ameaça à vida dos que trabalham em suas atividades de risco, estão listadas a seguir:

Na produção de Óleo e Gás

Redução de consumo de insumos em plataformas e campos de produção; otimização de recursos empregados na operação e manutenção de plataformas, poços e instalações; otimização de recursos de logística.

Na área de Refino e Logística

Nivelamento de produtividade das refinarias; redução dos custos de manutenção; redução dos custos de operação de oleodutos, terminais e navios; redução do nível de estoques.

Para o Gás e Energia

Redução do custo operacional da malha de gasodutos; redução do consumo de insumos em usinas termelétricas e plantas de fertilizantes; otimização de recursos empregados na operação e manutenção de usinas termelétricas e plantas de fertilizantes.

Repare que algumas ações propostas incluem redução de custos em manutenção. Um risco à vida e ao meio ambiente.

Dos R$ 199 bilhões que constituíram a base de custos do produto vendido e despesas operacionais desprendidas pela Petrobras em 2011, a parcela de gastos gerenciáveis foi de R$ 63 bilhões, ou seja, gastos que são passíveis de serem manipulados para reduzir os custos.

Com tudo isso, a expectativa da empresa é alcançar uma redução de custos de cerca de R$ 15 bilhões ao longo dos próximos anos.

A empresa vive atualmente um momento muito distinto daquele que vivia no governo do presidente Lula e quando liderada por José Sergio Gabrielli. Experimenta um refluxo nos investimentos, inclusive na produção, com clara ameaça à segurança e garantias de seus trabalhadores. A Petrobras é hoje menor e mais insegura.

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