E vamos à luta

Passei pela emoção de ser hoje homenageado com o Prêmio Jornalístico de Direitos Humanos.
Ao lado, a foto do diploma.  Segundo grande diploma do ano.  O primeiro foi o do doutorado, conquistado em abril passado.
Um ano que termina revertendo as coisas com respeito a esse espaço, mas em uma continuidade importante de referir.
Em janeiro, ainda empregado da Petrobras, fico sabendo que alguém oriundo da Assembleia Legislativo ligou para a empresa reclamando do meu blog.  A consequência disso foi um processo disciplinar e um dia de suspensão - depois, por arbitrário que fosse, revertido em advertência escrita.
Em seguida, ao concluir o doutorado, deixei a Petrobras e me tornei professor da Universidade Federal do Ceará.  Grande parte da razão para que eu fizesse isso estava naquela ação de janeiro, culminância de um processo anterior.
Agora, o blog que no início do ano me rendeu uma suspensão profissional, em seu fim é reconhecido pela atuação em favor dos direitos humanos, inclusive o direito à informação.
Emocionei-me muito esta noite e não poderia encerrá-la sem relembrar a canção citada por mim na fala - enviada pelo twitter por Miguel Nicolelis para os acampados da Câmara em 2011.

E vamos à luta



Eu acredito
É na rapaziada
Que segue em frente
E segura o rojão
Eu ponho fé
É na fé da moçada
Que não foge da fera
E enfrenta o leão
Eu vou à luta
É com essa juventude
Que não corre da raia
À troco de nada
Eu vou no bloco
Dessa mocidade
Que não tá na saudade
E constrói
A manhã desejada...(2x)

Aquele que sabe que é negro
O coro da gente
E segura a batida da vida
O ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco
De um jogo tão duro
E apesar dos pesares
Ainda se orgulha
De ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim
Pede uma cerva gelada
E agita na mesa
Uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira
Suada da luta
E faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí...

Acredito
É na rapaziada
Que segue em frente
E segura o rojão
Eu ponho fé
É na fé da moçada
Que não foge da fera
E enfrenta o leão
Eu vou à luta
É com essa juventude
Que não corre da raia
À troco de nada
Eu vou no bloco
Dessa mocidade
Que não tá na saudade
E constrói
A manhã desejada...

Aquele que sabe que é negro
O coro da gente
E segura a batida da vida
O ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco
De um jogo tão duro
E apesar dos pesares
Ainda se orgulha
De ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim
Pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo
Uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira
Suada da luta
E faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí
Eu acredito
É na rapaziada!

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