Em editorial, @estadao critica desarmamento

Em editorial hoje, o Estadão critica as sucessivas campanhas pelo desarmamento no Brasil a partir do lugar comum do "bandido armado" e "cidadão de bem desarmado".
Desisti de republicar o editorial quando, no entanto, me deparei com um argumento ainda mais circular, que me pareceu se aproximar de uma desonestidade intelectual.
Explico: o Estadão acusa o estado, a lei ou o governo de equalização moral porque aquela velhinha de Caxias do Sul que matou um assaltante que invadiu seu apartamento se tornou ré uma vez que, além da morte, sua arma não tinha registro.
Responder por homicídio é natural - o que já não seria ser condenada nas circunstâncias em questão.
No que se refere ao registro da arma, que não possuía, o jornal não percebeu, ou não quis ver, que a velhinha, lamentavelmente, estava contra a lei.
Desse modo, ao defender que processá-la é um exagero, é o Estadão que equaliza a moral e diz que há cidadãos que podem estar acima das leis.
Por ser velhinha ela tem o direito de possuir uma arma irregular, Estadão? É isso?

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