Em Fortaleza, PT protocola ação que pede cassação de prefeito eleito

http://diariodonordeste.globo.com/m/materia.asp?codigo=1215818

Elmano apresentou à Justiça supostas provas de prática de crime eleitoral que ele havia anunciado após o pleito

O candidato derrotado à Prefeitura de Fortaleza, Elmano de Freitas (PT), protocolou ontem, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), uma representação pedindo a cassação do diploma do prefeito eleito, Roberto Cláudio (PSB), e de seu vice, Gaudêncio Lucena (PMDB), além da inelegibilidade dos dois. O petista afirma ter anexado à Ação de Investigação Judicial Eleitoral provas consistentes de que houve prática de crimes eleitorais pelos adversários no segundo turno da eleição na Capital.

Conforme Elmano, foram protocolados no TRE 99 fatos, com vídeos, fotografias e testemunhas para que a Justiça confirme as irregularidades FOTO: ALCIDES FREIRE


"O resultado eleitoral não foi o resultado do eleitor, mas daqueles que buscaram ter maioria praticando crime eleitoral. Essa foi a única alternativa encontrada pelo adversário para tentar se transformar em prefeito de Fortaleza", declarou Elmano.

Fatos

Conforme o petista, foram protocolados no TRE 99 fatos, com vídeos, fotografias e testemunhas para que a Justiça tenha condições de averiguar as irregularidades e o abuso de poder econômico durante o pleito. "Isso demonstra claramente que houve ação planejada da coligação adversária e que desvirtuou o processo eleitoral", acredita.

Elmano disse que, agora, vai aguardar para que as partes sejam citadas, afirmando esperar celeridade e profundidade na atuação da Justiça Eleitoral. "Cabe à Justiça apurar o que estamos apresentando e julgar", asseverou, acrescentando ter esperança de que haverá cassação. Questionado sobre as dificuldades desse tipo de ação, Elmano disse entender que esse processo só se resolverá em última instância, pois quaisquer que seja a parte que tiver decisão desfavorável deverá recorrer.

Por outro lado, o petista afirmou que demorou para apresentar as provas para evitar questionamento. "São provas que não existe contra-prova. Temos fotos e vídeos inquestionáveis. O que pode haver é uma diferença na interpretação".

Os vereadores eleitos Ronivaldo Maia, Deodato Ramalho e Guilherme Sampaio, além do deputado Antônio Carlos, acompanharam Elmano no TRE.

Comentários