Folha reclama de ter conteúdo reproduzido e cita ações contra EBC e Ricardo Noblat

Muito inteligente a política da Folha. Só que não.

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A Folha de S. Paulo adotou o modelo pay wall em junho passado. Trata-se de uma cobrança e assim o leitor que quiser ter acesso a tudo precisa pagar por uma assinatura. Fato é que, na internet, o conteúdo é facilmente copiado e reproduzido de maneira gratuita em outras páginas. Diversas publicações foram monitoradas pelo jornalístico e ações foram abertas para coibir a prática. Com isso, a EBC e o jornalista Ricardo Noblat estão proibidos de reproduzir a íntegra das matérias.
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Conteúdo da Folha pode ser reproduzido em partes (Imagem: Reprodução)
De acordo com a Folha, que separou os casos em alguns níveis, 129 foram considerados críticos, entre eles a questão da EBC e do blog do Noblat. Na Empresa Brasil de Comunicação, o ponto mais forte apontado é que há anos a empresa faz um serviço de clipping de notícias de jornais em que copia reportagens inteiras e distribui o conteúdo para assinantes que pagam pelo serviço. "Esse é um caso extremo. Além de copiar indevidamente a íntegra do material exclusivo, a EBC vendia o serviço para terceiros. É a chamada concorrência parasitária, pois trata-se de fazer um produto com base no produto de seus concorrentes", diz a advogada da Folha, Taís Gasparian. Já no caso do Noblat, a questão mesmo era a reprodução e foi resolvida com um acordo em que o blog acatou a decisão da justiça.
A política interna do jornal impede que os repórteres e colunistas reproduzam seus textos em blogs ou sites pessoais. A Folha sugere aos interessados em divulgar o conteúdo que copiem um trecho de até dois parágrafos seguido do link que leva para a versão integral em seu site.

Para a Folha, a "independência editorial de um jornal depende de sua independência financeira" e o uso indiscriminado do conteúdo inviabilizaria "parte significativa da receita [...] e, em última instância, a própria produção do jornal". Outros exemplos de veto quanto a copia indevida de material são os sites do Ministério do Planejamento e do Superior Tribunal de Justiça.

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