Lula, Rose e a ética na imprensa

Ano passado  Em fevereiro passado hackers vazaram as intimidades sexuais de Thalita Moema, Miguel Weber, Júlio Protásio e outras inconfidências de âmbito sexual envolvendo figuras relevantes da cidade.
Publiquei não porque me interessasse expor a vida sexual ou as intimidades de ninguém. Importava perceber as ligações políticas dos envolvidos - em um momento em que suspeitávamos das coisas erradas na gestão municipal mas ainda não havíamos chegado ao atual estado de coisas.
Ali assessores aliados, inclusive ligados àqueles que viraram as costas à prefeita, queriam organizar uma "liga do bem" para criar notícias positivas sobre Micarla.
Lembrei dessa história ao pensar na exploração do suposto caso entre Lula e Rosemary Noronha. Enquanto o MPF já esclareceu que não há qualquer questão envolvendo Lula no esquema de corrupção desvendado pela Operação Porto Seguro, a imprensa enfatiza a ligação entre ambos para pôr o ex-presidente no centro da questão.
Claro que importa saber as implicações políticas de um relacionamento assim entre Lula e Rosemary. Mas tenho a impressão que há um severo risco de ultrapassagem de limites éticos nesse caso. E temo que alguns já tenham superado.
De todo modo é uma questão delicada definir onde acaba o interesse público e começa a fofoca - que visaria unicamente desgastar o ex-presidente, insinuando sua participação numa questão em que, até o momento, nada indica sua participação.

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