Virada à direita

Uma velha amiga costumava dizer-se de esquerda e era ferrenha defensora do governo Lula. Faz quase dois anos que não tenho uma conversa real com ela, mas me lembrei dela ao ler a matéria de capa da CartaCapital desta semana, sobre o Instituto Millenium e a nova direita juvenil.
Lembrei-me dela por causa da relação que ela parece ter estabelecido, a partir do noivo, Luís Felipe Pondé.
A primeira vez que na vida vi Pondé foi na FLIP do ano passado onde debateu em uma mesa com Miguel Nicolelis. Fiquei impressionado com Pondé. Negativamente.
Era impressionante como alguém que construía argumentos com pitadas eruditas era capaz de dizer coisas tão vazias de substância.
Eu acesso um dos blogs de minha amiga e vejo hoje vídeos de Pondé. E, de vez em quando, vejo seu noivo retuitar, entusiasticamente, as bobagens e os absurdos desumanos que Pondé pensa e fala.
Será que, de repente, minha amiga, leitora de Bakhunin e Paulo Freire, endireitou? Uma pena. Mas talvez seria pior se ela e o noivo não forem capazes de perceber como Pondé não combina com nenhuma proposta solidária para mudança do mundo.
Temo ser surpreendido, eventualmente, com a adesão de ambos a programas políticos dessa nova direita juvenil.

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