No Brasil 247
Nesta quarta, a presidente receberá no Palácio do Planalto o ex-ministro Franklin Martins, que comandou a área de comunicação no governo Lula, numa audiência aguardada com grande expectativa; visto como inimigo pelos grandes meios de comunicação, Franklin é autor de uma Lei de Meios que democratiza o setor no País; sua chegada ocorre no momento em que o PSDB representa contra Dilma, com base em editoriais escritos por Folha, Veja, Globo e Estadão.
A audiência mais esperada do ano ocorrerá nesta quarta-feira, em Brasília. No Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff receberá o jornalista Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação, no Palácio do Planalto. Franklin é autor de uma Lei de Meios, semelhante à que foi implantada por Cristina Kirchner, para democratizar o setor de comunicação – estudo recente, da organização Repórteres sem Fronteiras, apontou a mídia brasileira como uma das mais cartelizadas do mundo, como se no Brasil houvesse "30 Berlusconis" (leia mais aqui).
Ao deixar o governo Lula, no fim de 2010, Franklin deixou seu projeto nas mãos do governo, mas o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, não o levou adiante. Até agora, o discurso do governo Dilma tem sido o de que a melhor maneira de regular o setor de mídia é o controle remoto – o que incomoda setores da esquerda, e especialmente do PT, que gostariam de uma nova regulamentação para o setor. O presidente do partido, Rui Falcão, condena, por exemplo, a propriedade cruzada – o que é vetado nos Estados Unidos e impede, por exemplo, que emissoras de televisão sejam também proprietárias de jornais.
Por ter elaborado um projeto de uma Lei de Meios, Franklin foi convertido em inimigo número 1 dos grandes meios de comunicação, que o acusam de querem implantar a censura no País. Ao mesmo tempo, há um certo cansaço com o "monopólio" da opinião no País. Praticamente todos os grandes veículos de comunicação do País repetem um discurso uniforme, elaborado no Instituto Millenium, contra o PT, contra Lula e, mais recentemente, contra iniciativas do governo Dilma. Um exemplo disso ocorreu nesta terça-feira, quando integrantes do PSDB apresentaram representação contra Dilma por seu pronunciamento sobre a redução das tarifas de luz. O que ancorava a representação? Editoriais da Folha, do Estado, do Globo, de Época e de Veja.
Leia, abaixo, reportagem da Rede Brasil Atual a respeito disso:
PSDB usa 'Folha, 'Estadão', 'Globo' e 'Veja' para justificar ação contra Dilma
Orientando-se pelos editorais da grande imprensa, tucanos afirmam que presidenta fez promoção pessoal e propaganda eleitoral e partidária no pronunciamento do último dia 23
Por: Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo – O PSDB usou editorais dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo, além de um texto da revista Veja, para justificar a representação que protocolou hoje (29) na Procuradoria-Geral da República contra a presidenta Dilma Rousseff. A ação – acompanhando a linha dos textos pulicados na grande imprensa – acusa Dilma de fazer “promoção pessoal” e “propaganda eleitoral e partidária” no pronunciamento de rádio e TV levado ao ar no último dia 23, quando a presidenta anunciou a redução das tarifas de energia elétrica e criticou os que são “do contra”.
Segundo a representação, assinada por advogados do PSDB, Dilma “transformou o espaço (...) em um palanque de lutas partidárias” e fez “puro proselitismo político”.
O texto argumenta ainda que o formato do pronunciamento lembra as peças publicitárias da campanha presidencial de 2010, como caracteres e recursos gráficos. Para o PSDB, as “semelhanças” são indicativos do caráter “eleitoreiro”.
A ação também questiona o uso da logomarca do governo na abertura do pronunciamento e o fato de Dilma vestir uma roupa vermelha, “em uma clara referência às roupas vermelhas utilizadas na campanha de 2010 e nos programas partidários, fazendo alusão à cor do seu partido”.
No entendimento dos tucanos, tais elementos mostram que Dilma cometeu um “verdadeiro crime de responsabilidade” e um “desvirtuamento do escopo legal”.
Clique aqui para ler a íntegra da representação.
Nesta quarta, a presidente receberá no Palácio do Planalto o ex-ministro Franklin Martins, que comandou a área de comunicação no governo Lula, numa audiência aguardada com grande expectativa; visto como inimigo pelos grandes meios de comunicação, Franklin é autor de uma Lei de Meios que democratiza o setor no País; sua chegada ocorre no momento em que o PSDB representa contra Dilma, com base em editoriais escritos por Folha, Veja, Globo e Estadão.
A audiência mais esperada do ano ocorrerá nesta quarta-feira, em Brasília. No Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff receberá o jornalista Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação, no Palácio do Planalto. Franklin é autor de uma Lei de Meios, semelhante à que foi implantada por Cristina Kirchner, para democratizar o setor de comunicação – estudo recente, da organização Repórteres sem Fronteiras, apontou a mídia brasileira como uma das mais cartelizadas do mundo, como se no Brasil houvesse "30 Berlusconis" (leia mais aqui).
Ao deixar o governo Lula, no fim de 2010, Franklin deixou seu projeto nas mãos do governo, mas o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, não o levou adiante. Até agora, o discurso do governo Dilma tem sido o de que a melhor maneira de regular o setor de mídia é o controle remoto – o que incomoda setores da esquerda, e especialmente do PT, que gostariam de uma nova regulamentação para o setor. O presidente do partido, Rui Falcão, condena, por exemplo, a propriedade cruzada – o que é vetado nos Estados Unidos e impede, por exemplo, que emissoras de televisão sejam também proprietárias de jornais.
Por ter elaborado um projeto de uma Lei de Meios, Franklin foi convertido em inimigo número 1 dos grandes meios de comunicação, que o acusam de querem implantar a censura no País. Ao mesmo tempo, há um certo cansaço com o "monopólio" da opinião no País. Praticamente todos os grandes veículos de comunicação do País repetem um discurso uniforme, elaborado no Instituto Millenium, contra o PT, contra Lula e, mais recentemente, contra iniciativas do governo Dilma. Um exemplo disso ocorreu nesta terça-feira, quando integrantes do PSDB apresentaram representação contra Dilma por seu pronunciamento sobre a redução das tarifas de luz. O que ancorava a representação? Editoriais da Folha, do Estado, do Globo, de Época e de Veja.
Leia, abaixo, reportagem da Rede Brasil Atual a respeito disso:
PSDB usa 'Folha, 'Estadão', 'Globo' e 'Veja' para justificar ação contra Dilma
Orientando-se pelos editorais da grande imprensa, tucanos afirmam que presidenta fez promoção pessoal e propaganda eleitoral e partidária no pronunciamento do último dia 23
Por: Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo – O PSDB usou editorais dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo, além de um texto da revista Veja, para justificar a representação que protocolou hoje (29) na Procuradoria-Geral da República contra a presidenta Dilma Rousseff. A ação – acompanhando a linha dos textos pulicados na grande imprensa – acusa Dilma de fazer “promoção pessoal” e “propaganda eleitoral e partidária” no pronunciamento de rádio e TV levado ao ar no último dia 23, quando a presidenta anunciou a redução das tarifas de energia elétrica e criticou os que são “do contra”.
Segundo a representação, assinada por advogados do PSDB, Dilma “transformou o espaço (...) em um palanque de lutas partidárias” e fez “puro proselitismo político”.
O texto argumenta ainda que o formato do pronunciamento lembra as peças publicitárias da campanha presidencial de 2010, como caracteres e recursos gráficos. Para o PSDB, as “semelhanças” são indicativos do caráter “eleitoreiro”.
A ação também questiona o uso da logomarca do governo na abertura do pronunciamento e o fato de Dilma vestir uma roupa vermelha, “em uma clara referência às roupas vermelhas utilizadas na campanha de 2010 e nos programas partidários, fazendo alusão à cor do seu partido”.
No entendimento dos tucanos, tais elementos mostram que Dilma cometeu um “verdadeiro crime de responsabilidade” e um “desvirtuamento do escopo legal”.
Clique aqui para ler a íntegra da representação.
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