No Brasil 247
Vazamento da Operação Porto Seguro coloca em poder do jornal Estado de S. Paulo todos os grampos captados pela Polícia Federal. Dali emergem um corruptor (o ex-senador Gilberto Miranda), dois corruptos (Paulo Vieira, da Anac, e José Weber Holanda, da AGU), um ministro titubeante (Luís Inácio Adams), uma secretária que fala demais (Rosemary Noronha) e até mesmo algumas ligações do ex-prefeito Gilberto Kassab. Sobre Lula, nada capaz de machucá-lo de verdade.
O jornal Estado de S. Paulo publica, neste domingo, seu último tiro contra o ex-presidente Lula relacionado à Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Numa reportagem assinada pelos jornalistas Fausto Macedo e Bruno Boghossian, o jornal revela ter tido acesso a 25.012 telefonemas captados pela PF durante a ação e disponibiliza, em seu portal, a seleção dos melhores trechos.
Apesar do furo jornalístico, a reportagem vale pela mais quantidade de informações do que, propriamente, pela revelação de algo inédito sobre o ex-presidente Lula. Na capa, há a chamada "Áudios mostram ligação entre máfia dos pareceres e o poder" e um trecho de uma conversa entre Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil e pivô da quadrilha, com a secretária Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da presidência. Na conversa, Paulo e Rose citam o nome de Lula.
No entanto, uma conversa banal – em que os dois, aliás, falam sobre um episódio que envolveu o ex-presidente com certa dose de razão. "Aquilo que fizeram com Lula é palhaçada", diz Paulo. "É", responde Rose. Os dois comentam uma reportagem de Veja, antes do julgamento do mensalão, em que o ministro Gilmar Mendes se disse intimidado pelo ex-presidente Lula. Testemunha dessa "intimidação", o ex-ministro Nelson Jobim negou a versão de Gilmar e rompeu a amizade com o ministro do STF.
Das gravações em si, poucas novidades, que apenas reforçam o que já se sabia. O ex-senador Gilberto Miranda é o corruptor da história. Tenta fazer com que Paulo Vieira, pivô da quadrilha, obtenha um parecer favorável à liberação de um projeto privado na Ilha de Cabras, em São Paulo. Paulo Vieira é o principal corrupto e tenta obter o parecer valendo-se de sua relação com outro possível corrupto, o número 2 da Advocacia-Geral da União, José Weber Holanda, que promete a ele a vantagem.
Há também um registro do momento em que a PF dá uma batida na casa de Holanda e este liga para o chefe Luís Inácio Adams, chefe da AGU. Holanda diz se tratar do caso relacionado à Ilha de Cabras e Adams responde de forma monossilábica.
Rose, por sua vez, é a secretária que fala pelos cotovelos. E comenta conversas privadas que teve com personagens como o ex-ministro José Dirceu. "Ele tá bem chateado", diz ela, referindo-se a um comentário de Lula sobre o "desespero" do ex-ministro com o julgamento do mensalão.
Por fim, sobram algumas pequenas curiosidades como a intimidade do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com o senador Gilberto Miranda. Neste domingo, as gravações estarão no site do Estadão. E o jornal promete dar sequência à reportagem na segunda, com gravações relacionadas a José Dirceu.
Vazamento da Operação Porto Seguro coloca em poder do jornal Estado de S. Paulo todos os grampos captados pela Polícia Federal. Dali emergem um corruptor (o ex-senador Gilberto Miranda), dois corruptos (Paulo Vieira, da Anac, e José Weber Holanda, da AGU), um ministro titubeante (Luís Inácio Adams), uma secretária que fala demais (Rosemary Noronha) e até mesmo algumas ligações do ex-prefeito Gilberto Kassab. Sobre Lula, nada capaz de machucá-lo de verdade.
O jornal Estado de S. Paulo publica, neste domingo, seu último tiro contra o ex-presidente Lula relacionado à Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Numa reportagem assinada pelos jornalistas Fausto Macedo e Bruno Boghossian, o jornal revela ter tido acesso a 25.012 telefonemas captados pela PF durante a ação e disponibiliza, em seu portal, a seleção dos melhores trechos.
Apesar do furo jornalístico, a reportagem vale pela mais quantidade de informações do que, propriamente, pela revelação de algo inédito sobre o ex-presidente Lula. Na capa, há a chamada "Áudios mostram ligação entre máfia dos pareceres e o poder" e um trecho de uma conversa entre Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil e pivô da quadrilha, com a secretária Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da presidência. Na conversa, Paulo e Rose citam o nome de Lula.
No entanto, uma conversa banal – em que os dois, aliás, falam sobre um episódio que envolveu o ex-presidente com certa dose de razão. "Aquilo que fizeram com Lula é palhaçada", diz Paulo. "É", responde Rose. Os dois comentam uma reportagem de Veja, antes do julgamento do mensalão, em que o ministro Gilmar Mendes se disse intimidado pelo ex-presidente Lula. Testemunha dessa "intimidação", o ex-ministro Nelson Jobim negou a versão de Gilmar e rompeu a amizade com o ministro do STF.
Das gravações em si, poucas novidades, que apenas reforçam o que já se sabia. O ex-senador Gilberto Miranda é o corruptor da história. Tenta fazer com que Paulo Vieira, pivô da quadrilha, obtenha um parecer favorável à liberação de um projeto privado na Ilha de Cabras, em São Paulo. Paulo Vieira é o principal corrupto e tenta obter o parecer valendo-se de sua relação com outro possível corrupto, o número 2 da Advocacia-Geral da União, José Weber Holanda, que promete a ele a vantagem.
Há também um registro do momento em que a PF dá uma batida na casa de Holanda e este liga para o chefe Luís Inácio Adams, chefe da AGU. Holanda diz se tratar do caso relacionado à Ilha de Cabras e Adams responde de forma monossilábica.
Rose, por sua vez, é a secretária que fala pelos cotovelos. E comenta conversas privadas que teve com personagens como o ex-ministro José Dirceu. "Ele tá bem chateado", diz ela, referindo-se a um comentário de Lula sobre o "desespero" do ex-ministro com o julgamento do mensalão.
Por fim, sobram algumas pequenas curiosidades como a intimidade do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com o senador Gilberto Miranda. Neste domingo, as gravações estarão no site do Estadão. E o jornal promete dar sequência à reportagem na segunda, com gravações relacionadas a José Dirceu.
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