Sobre charges, jornalismo, tigres, corvos, porcos e urubus

Corvos, porcos, urubus.
Vou evitar qualificar porque, de repente, a qualificação seria encarada como agressão.
De um lado, gente como Datena no direito constitucional de expressão - com o perdão da hoje má palavra - tentando inflamar a população para fazer de uma grande tragédia uma tragédia ainda maior.  No ar, ao vivo, incitou linchamentos no caso de Santa Maria.
A seu lado, colunistas como Reinaldo Azevedo ainda visam a exploração político-midiática da tragédia.  Nenhum comentário dele superaria a imagem do choro - dos pais, de Dilma, do Brasil.
Porém nada chegou perto na mídia, em nível de sandice, da charge de mal gosto de Chico Caruso.
Politizar uma tragédia desse porte dessa maneira parece, no mínimo, desumano.
E me fez pensar no filme que assisti ontem.  "As aventuras de Pi".  Qualquer comentário que possa fazer sobre o filme de Ang Lee, temo, não fugirá do spoiler.
Mas acho que é em horas como essas que os humanos provam o quanto é difícil domar ou adestrar Richard Parker.

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