Por Paulo Nogueira
No Diário do Centro do Mundo
O editor do site Opera Mundi brilhou no debate sobre Yoani.
Jamais assistiria a Entre Aspas, ou a qualquer programa da Globonews, não fosse em circunstâncias especiais. O tempo é escasso e tenho que administrá-lo.
Mas elas, as circunstâncias especiais, se apresentaram.
Mauro, do site Causa-me Espécie, postou um comentário no Diário no qual falou de Entre Aspas sobre Yoani Sanchez. A jornalista Moniva Waldvogel intermediava, aspas, as opiniões conflitantes entre Breno Altman, editor do site Opera Mundi, e Sandro Vaia, ex-diretor do Estadão.
Link à minha frente, cliquei. Não sabia se resistiria aos 25 minutos, mas sim, fui até o fim, por causa de uma surpresa: Breno Altman.
Não o conhecia. É um jornalista articulado, inteligente, bem preparado e elegante ao debater. Com todos estes atributos, não admira que tenha dado um monumental baile em Sandro Vaia e Monica.
Breno defendeu o óbvio: o direito à livre expressão dos que vaiaram Yoani em Feira de Santana.
Não houve agressão física, e sim vaias – a meu ver merecidas e previsíveis, dada a antipatia que Yoani desperta entre praticamente todas as pessoas que não sejam de direita.
Democracia é assim: você pode vaiar e pode aplaudir. Onde, em Feira de Santana, as pessoas que aplaudem Yoani?
Se ela estivesse falando em Miami, seria intensamente aplaudida pelos fanáticos anti-Cuba. E os que eventualmente a apupassem ali seriam suplantados e silenciados pelas palmas da maioria. Mas Feira de Santana não é Miami.
Breno estava certo em tudo que disse. Clap, clap, clap. Ao ver Monica com seus argumentos tão simplórios, me ocorreu a possibilidade de que trabalhar na Globonews – a palavra é dura, mas é a que mais claramente traduz a impressão que tive — emburrece. Você troca ideias com intelectuais, aspas, como Jabor, William Waack, Ali Kamel.
Breno ganhou fácil o debate, e depois tentaram desqualificá-lo no tapetão. Escreveram que ele foi “deselegante”, ou que “gritou”.
Ora, ele foi lhano todo o tempo. Dirigiu-se pelo nome aos dois oponentes e só falou quando lhe foi pedida a palavra. Sorriu sempre, ao contrário de Sandro Vaia e Monica, que pareciam transbordar de raiva.
Breno tentou, no final, dar um presente a Sandro Vaia, mas Monica, grosseiramente, impediu.
Ele arejou por alguns minutos a Globonews, mas é claro que, se alguém ali voltar a ser convidado para participar de debates, não haverá de ser ele.
O editor do site Opera Mundi brilhou no debate sobre Yoani.
Waldvogel |
Jamais assistiria a Entre Aspas, ou a qualquer programa da Globonews, não fosse em circunstâncias especiais. O tempo é escasso e tenho que administrá-lo.
Mas elas, as circunstâncias especiais, se apresentaram.
Mauro, do site Causa-me Espécie, postou um comentário no Diário no qual falou de Entre Aspas sobre Yoani Sanchez. A jornalista Moniva Waldvogel intermediava, aspas, as opiniões conflitantes entre Breno Altman, editor do site Opera Mundi, e Sandro Vaia, ex-diretor do Estadão.
Link à minha frente, cliquei. Não sabia se resistiria aos 25 minutos, mas sim, fui até o fim, por causa de uma surpresa: Breno Altman.
Não o conhecia. É um jornalista articulado, inteligente, bem preparado e elegante ao debater. Com todos estes atributos, não admira que tenha dado um monumental baile em Sandro Vaia e Monica.
Breno defendeu o óbvio: o direito à livre expressão dos que vaiaram Yoani em Feira de Santana.
Não houve agressão física, e sim vaias – a meu ver merecidas e previsíveis, dada a antipatia que Yoani desperta entre praticamente todas as pessoas que não sejam de direita.
Altman |
Democracia é assim: você pode vaiar e pode aplaudir. Onde, em Feira de Santana, as pessoas que aplaudem Yoani?
Se ela estivesse falando em Miami, seria intensamente aplaudida pelos fanáticos anti-Cuba. E os que eventualmente a apupassem ali seriam suplantados e silenciados pelas palmas da maioria. Mas Feira de Santana não é Miami.
Breno estava certo em tudo que disse. Clap, clap, clap. Ao ver Monica com seus argumentos tão simplórios, me ocorreu a possibilidade de que trabalhar na Globonews – a palavra é dura, mas é a que mais claramente traduz a impressão que tive — emburrece. Você troca ideias com intelectuais, aspas, como Jabor, William Waack, Ali Kamel.
Breno ganhou fácil o debate, e depois tentaram desqualificá-lo no tapetão. Escreveram que ele foi “deselegante”, ou que “gritou”.
Ora, ele foi lhano todo o tempo. Dirigiu-se pelo nome aos dois oponentes e só falou quando lhe foi pedida a palavra. Sorriu sempre, ao contrário de Sandro Vaia e Monica, que pareciam transbordar de raiva.
Breno tentou, no final, dar um presente a Sandro Vaia, mas Monica, grosseiramente, impediu.
Ele arejou por alguns minutos a Globonews, mas é claro que, se alguém ali voltar a ser convidado para participar de debates, não haverá de ser ele.
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